Cidades

Polícia confirma que Isabela Tainara conhecia assassino, mas não acredita em possível namoro

Guilherme Goulart
postado em 30/06/2009 16:28
A Coordenação de Investigação de Crimes contra a Vida (Corvida) levantou algumas projeções do que pode ter acontecido no caso Isabela Tainara, a menina do Sudoeste sequestrada, violentada e morta em 2007, aos 14 anos. Porém nenhuma das possibilidades foi confirmada até o momento.

O acusado pelo crime, o ex-gari Michael Davi Ezequiel dos Santos, 21, chegou a afirmar que era namorado da menina e que, portanto, não teria coragem de matá-la. A polícia, no entanto, acredita que a versão foi inventada pelo acusado, que dessa forma passaria a culpa maior do crime para os dois supostos comparsas que, segundo Michael, também estariam envolvidos, mas que até hoje não foram identificados.

A polícia tem certeza, no entanto, que Isabela conhecia Michael, já que ele morava apenas a 100 metros da casa da avó da menina, em Samambaia. A versão do namoro, no entanto, é encarado pela Corvida como sendo "um pouco demais".

Michael Davi já confessou três vezes a morte da menina. Além de duas confissões gravadas, a polícia tem interceptações telefônicas nas quais o acusado relata o crime a amigos e conhecidos. Uma psicóloga analisou os vídeos em que o acusado assume a autoria do crime e chegou à conclusão de que ele apresenta características de um maníaco, ou um serial killer. "A gente imagina então que ele fez apenas uma vitima, a Isabela Tainara", afirmou o delegado Ecimar Loli, diretor da Divisão de Homicídios I da Corvida.

Outra possibilidade trabalhada pela polícia é de que Isabela tenha seguido de ônibus com o acusado até Samambaia. Isso porque a mãe da vítima afirma que ao falar com ela pela última vez ao celular teria ouvidos vozes ao fundo, as quais poderiam ser de possíveis passageiros. A polícia reafirmou, porém, que não há dúvidas da participação de Michael no crime.

O gari continua preso. Ele foi condenado - por extorsão mediante seqüestro, seguido de morte - a 25 anos e oito meses de prisão em regime fechado após ser julgado por um júri comum. Porém, foi absolvido pelo crime de estupro, já que não havia provas.

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