Cidades

Mulher que matou as filhas envenenadas em Ceilândia é condenada a 20 anos

postado em 01/07/2009 20:39
Dezenove anos depois de ter matado as próprias filhas, como ela mesma confessou, a doméstica Valéria Dutra da Silva foi condenada pelo 1º Tribunal do Júri de Ceilândia a 20 anos e 8 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado. O crime chocou a população de Ceilândia em 13 de setembro de 1989. Valéria foi presa em janeiro deste ano em Anápolis (GO), onde viveu escondida por quase duas décadas. A prescrição para o duplo homicídio - tempo limite para o julgamento da acusada - é de 20 anos. No julgamento, ela alegou que agiu por desespero e que matou as duas filhas, de 5 e 6 anos, porque receava que elas contraíssem a doença que ela tinha, hanseníase. As crianças morreram envenenadas com o produto Ratox (veneno para matar ratos). Valéria foi presa em janeiro deste ano, meses antes do crime de duplo homicídio prescreverAdriene,a filha mais velha, morreu às 5h30 de 13 de setembro de 1989, após ser atendida no Hospital Regional de Taguatinga. Duas horas depois, foi a vez de Mariana perder a vida no Hospital de Base do DF. Valéria sobreviveu a uma tentativa de suicídio - ela também ingeriu o veneno digerido em água - e acabou presa em flagrante. Ela passou quatro meses detida, mas foi liberada depois da apresentação de um pedido de soltura conseguido pelo então companheiro, com que teve um filho. Sem antecedentes criminais, Valéria fugiu para Anápolis logo depois. Valéria não terá direito de recorrer da sentença em liberdade.

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