Guilherme Goulart
postado em 03/07/2009 21:18
A polícia prendeu em Guarapari (ES) o homem acusado de matar a goiana Letícia Peres Mourão, 31 anos, em 6 de março. De acordo com informações da 4; Delegacia de Polícia, Letícia tinha sido prostituta na Europa e morreu a mando de uma organização criminosa que a explorava sexualmente na Espanha. A vítima foi executada às vésperas de prestar depoimento sobre um esquema de exploração sexual, chefiado pela máfia espanhola. A polícia chegou a Lúcio Flávio Barbosa, 20 anos, por uma mensagem encontrada no celular da vítima. Lúcio Flávio marcou um encontro com Letícia em um quiosque do Setor Habitacional Lucio Costa, pertencente ao Guará. Testemunhas disseram que a mulher conversava normalmente, quando o atirador sacou a arma e apertou o gatilho. Lúcio confessou que recebeu R$ 4 mil da mesma organização que explorava Letícia na Espanha. "Chegamos à conclusão de que ela foi vítima de um grupo especializado em tráfico de mulheres", resumiu o delegado-chefe, Jefferson Lisboa.
R$ 4 mil
Com o acusado, que desembarcou no Aeroporto de Brasília na manhã desta sexta-feira (3/7), foram encontrados dois revólveres calibre .38, um deles usado para matar a goiana. Lúcio ainda revelou a participação de Clênio Otacílio da Silva, responsável pelo pagamento de R$ 4 mil para executar Letícia. O segundo envolvido está foragido. Segundo a polícia, ele trabalhou como garoto de programa na organização criminosa que explorava a vítima e recebeu ordens do grupo espanhol para pagar a quantia ao atirador. Lúcio responderá por homicídio qualificado e pode pegar até 30 anos de cadeia.
A investigação sobre a quadrilha internacional de prostituição ficará por conta da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Segundo a polícia brasiliense, Letícia figurava como testemunha de acusação contra a organização não governamental Andando Sin Fronteras, de Tarragona, a 100km de Barcelona. A entidade serve de fachada para o prostíbulo onde a brasileira ficou em 2006 e 2007.