Caiu pela metade (49,5%) o número de infectados por dengue no Distrito Federal, de janeiro a junho de 2009, em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar do Ministério da Saúde ter divulgado, nesta quarta-feira (9/7), um balanço apontando redução de 2.851 para 1.106 casos, o que corresponde a 61,2%, esse índice é referente ao total de notificações da doença, o que inclui também as suspeitas. Desses, apenas 271 foram confirmados, com uma morte, nas 25 primeiras semanas do ano, segundo o Informativo Epidemiológico de Dengue da Secretaria de Saúde do DF.
Em todo o país, o índice foi de 361.552 nas primeiras 23 semanas de 2009. No mesmo período de 2008, o 719.593 pessoas procuraram as unidades de saúde com suspeita de terem sido infectadas pelo mosquito Aedes aegypti. Quatro regiões brasileiras registraram quedas, com reduções de 65,5% no Sudeste, 49,9% no Sul, 47,3% no Nordeste e 29,9% no Norte.
O Centro-Oeste, porém, teve aumento de 13,8% nas notificações da doença. Essa alta de casos na região foi puxada, principalmente, pelo número de infecções em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (de 29.825 e 11.740, respectivamente), já que o DF e Goiás apresentaram quedas significativas.
Além do Distrito Federal, 19 estados conseguiram reduzir o quadro de dengue. Entre os destaques estão Goiás e Minas Gerais, que apesar de estarem entre as unidades com maior número de casos, apresentam queda de 43,0 % e 10,4%, respectivamente.
Embora o dado nacional seja positivo, o Ministério da Saúde alertou, em entrevista coletiva nesta manhã, para o fato de que as ações de controle e prevenção são permanentes. Para o diretor de Vigilância Epidemiológica do ministério, Eduardo Hage, a dengue deve ser combatida todos os dias, mesmo no período de seca. Isso porque, segundo ele ele, o ovo do mosquito pode se manter em condições para eclodir e virar larva por um período de até 400 dias. "Alem disso, a sociedade deve participar com ações simples como trocar a água do vaso de planta e lavar as laterais e bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos também podem eclodir;, afirma Hage.
Aumento em Planaltina
Apesar da redução da dengue no Distrito Federal, as cidades de Planaltina e Itapoã apresentaram aumento no número de infectados pela dengue. O caso mais preocupante é o de Planaltina, onde o número saltou de 52, em 2008, para 83 neste ano. Desses, 76 são de transmissões autóctones e apenas sete pessoas adquiram a doença em outros estados.
Primeira do ranking, Planaltina destoa das demais cidades do DF, que tem como segunda colocada Taguatinga, com 19 confirmações; Estrutural e Brazlândia aparecem em terceiro lugar, com 18 infecções; na terceira posição vem São Sebastião, com 17; Sobradinho I registrou 15 casos; Samambaia 13; Itapoã, Ceilândia e Guará aparecem em sétimo com 12 confirmações.