Os dois têm como mentor político o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consideram-se determinados, até aceitariam fazer uma coligação com o PMDB num eventual segundo turno das eleições, são do PT e querem ocupar a mesma vaga: a de candidato do Partido dos Trabalhadores ao governo do Distrito Federal em 2010. Os discursos de Agnelo Queiroz e Geraldo Magela ; que se colocam como os representantes mais prováveis da esquerda nas próximas eleições ; sinalizam que o embate no PT pela cabeça de chapa está longe do fim e deve ser resolvido mesmo nas prévias, no início do ano que vem.
Em entrevista ao Correio na última quinta-feira, o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Agnelo Queiroz e o deputado federal Geraldo Magela asseguraram que estão preparados para ocupar a cadeira de governador e não demonstraram disposição para ceder. Nesta altura do campeonato, nenhum dos dois aceita disputar a eleição para o Senado Federal.
Ambos, no entanto, admitiram que o racha no partido pode inviabilizar qualquer possibilidade de vencer as próximas eleições. ;A unidade é um requisito para a vitória;, disse Agnelo. E, em outras palavras, Magela confirmou o raciocínio: ;o maior problema que o PT tem hoje é a falta de unidade;.
A despeito de concordarem com o desgaste que a disputa interna pode resultar para qualquer uma das duas candidaturas do PT, os dois petistas se lançaram como pré-candidatos ao governo nos últimos dias. Cada um com a parte da militância que lhe cabe.
Leia a integra das entrevistas com Agnelo e Magela na edição impressa do Correio Braziliense deste domingo