Jornal Correio Braziliense

Cidades

Saiba como se proteger de frustração em viagens

Na hora de viajar é preciso cuidado com o pacote turístico ou com os serviços adquiridos. Importante também é guardar todos os recibos, comprovantes e até mesmo cartazes e propagandas com as ofertas, quanto mais provas o consumidor tiver, mais fácil será para reaver os prejuízos. Desembargador e presidente do Instituto dos Magistrados do Distrito Federal (Imag-DF), Valter Xavier, alerta que no período de recesso escolar é mais comum a ocorrência de golpes e problemas em viagens. O primeiro passo para o consumidor se defender é guardar todos os documentos, principalmente se tiver intenções de levar a empresa que causou o problema ao judicário. %u201CO elemento principal é a prova documental. O contrato e tudo o que houver de escrito%u201D, afirma o desembargador. %u201CSe não tiver prova vai ser difícil. A presunção é de que todos são inocentes, até as operadoras e agências. É preciso provar o que ocorreu e a extensão dos prejuízos%u201D, explica. Há pouco mais de um ano milhares de torcedores tiveram frustrações na final da Copa Libertadores da América. Na época, o Fluminense jogava contra o LDU, no Maracanã e pessoas de vários estados foram torcer pelo time brasileiro. Na entrada para o jogo uma surpresa, 4 mil torcedores com ingressos falsos, de acordo com estimativas da polícia carioca. Com o começo do jogo a confusão aumentou, quem tinha comprado o ingresso queria entrar. Uma pessoa teve um infarto e morreu em meio a multidão que forçava as entradas do estádio. Os torcedores haviam comprado pacotes de viagem e ingressos em agências de turismo e até mesmo na sede do Fluminense. No início de 2009 foi a vez da torcida flamenguista, um grupo de brasilienses comprou um pacote para acompanhar um jogo, mas quando chegaram ao local, não havia ingressos e hotel para eles. Ambos os casos foram parar nos órgãos de defesa do consumidor (Procon) e na Justiça. Para evitar problemas na comprovação do ocorrido frente os tribunais, o recomendado é buscar uma primeira orientação nos Procons. Somente em caso de não haver solução nessa esfera é indicado procurar a Justiça. %u201CSe você passa por órgãos de defesa do consumidor receberá uma orientação de como proceder. Não vai queimar etapas. A pressa pode ser inimiga de um resultado favorável%u201D, afirma Valter Xavier.