Luciana Navarro
postado em 19/07/2009 07:59
Na terra dos concursos públicos, faltam empreendedores e sobram oportunidades de negócios. Levantamento realizado pelo Sebrae e conseguido com exclusividade pelo Correio aponta 36 atividades que podem ser promissoras no Distrito Federal. Os investimentos variam de R$ 13 mil a R$ 149 mil e podem proporcionar um lucro lÃquido anual entre 11% e 35%. O faturamento estimado por ano pode alcançar R$ 730 mil, dependendo do ramo escolhido. Essas opções de aplicação do dinheiro serão apresentadas na Feira do Empreendedor nesta semana, inclusive com definição de público-alvo e proposta de plano de negócios.
[SAIBAMAIS]No estudo, o Sebrae levou em consideração os aspectos fiscais, de investimento e de benefÃcios econômicos, como terrenos e espaços. A crise econômica serviu não como empecilho, mas como ponto de motivação do levantamento. "Verificamos as necessidades de criação de negócios em cada uma das áreas testadas", afirma Eulália Franco, diretora do Sebrae do Distrito Federal. O foco principal da pesquisa foi o empreendedor individual.
Alternativas
Entre as atividades identificadas como promissoras, há opções para todos os gostos e bolsos. Montar uma empresa para cuidar de idosos, por exemplo, custa em média R$ 13 mil e pode proporcionar um faturamento anual de R$ 80 mil. Para Eulália, a busca por qualidade de vida ficou explÃcita no levantamento, mostrando que o morador da capital da República precisa de serviços que lhe proporcione mais conforto. Um exemplo citado pela diretora do Sebrae é o auxÃlio a mudanças, uma atividade cujo investimento estimado é de R$ 55 mil e o retorno deve ser conquistado entre 12 e 16 meses.
Esses são apenas alguns dos ramos que podem proporcionar um bom rendimento para os empreendedores. Na Feira do Empreendedor, será possÃvel obter mais informações a respeito do levantamento e orientação sobre a abertura da empresa. "A nossa ideia é prestar consultoria a esses empreendedores e realizar cursos voltados ao desenvolvimento desses negócios", diz Eulália. A expectativa é de que 20 mil pessoas passem pela feira nos quatro dias e R$ 12 milhões em contratos sejam firmados.
Saber aproveitar o momento para prosperar no mercado é um dom. O empresário Paulo Vivacqua, 36 anos, da Oaso Artesanato, é um desses beneficiados. Há um ano e oito meses, ele abriu sua empresa em BrasÃlia. O foco é vender peças de artesãos de todo o paÃs pela internet. A ideia surgiu no projeto de graduação de Paulo. Ele criou um site de comércio eletrônico que, de trabalho de faculdade, virou seu ganha pão. Quando se formou, Paulo estava saindo do emprego e decidiu implementar o site. Com R$ 35 mil, ele comprou as peças e começou a comercializá-las pela internet. A formalização da empresa ocorreu sob orientação do Sebrae na Feira do Empreendedor de 2007.
Hoje, a Oaso vende artesanato brasileiro para diversas unidades da Federação, sendo que 70% vão para o estado de São Paulo. O negócio deu tão certo que, das vendas virtuais, o empresário teve que partir para as reais e abriu uma loja na 509 Sul. "Muitos clientes querem ver as peças antes de comprá-las", conta. Apesar de alguns consumidores preferirem comprar na loja, a maioria, 95%, adquire os produtos no site da marca. "Há até consumidores em outros paÃses", comemora o empresário.