Cidades

Coutinho não vê problemas em BNDES financiar a Alstom para expansão do metrô de Brasília

postado em 23/07/2009 19:08
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (23), em São Paulo, que o fato da empresa Alstom estar sendo investigada tanto pela Justiça suiça quanto brasileira por irregularidades em contratos assinados com o Metrô de São Paulo, não será um problema para que o banco financie a empresa, que ganhou a licitação para a expansão do metrô de Brasília. Até que alguém seja declarado culpado por algo que a Justiça decida, eu não posso pré-julgar. O que estou verificando é a importância de manter aqui empregos no momento em que a indústria perdeu empregos nos últimos meses, declarou Coutinho, que assinou hoje, em São Paulo, o contrato de financiamento com a Alstom e o Distrito Federal para a expansão do metrô de Brasília, que prevê a aquisição de 12 novos trens e a modernização do sistema de sinalização. A previsão é de que isso ocorra no prazo de um ano e meio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participaria do evento, mas o mau tempo na capital o impediu de chegar ao local de helicóptero. Por meio de assessores, Lula afirmou que visitará a empresa Alstom em um outro momento, no prazo de um mês. Ontem, em entrevista coletiva, Charles Marot, gerente do departamento de desenvolvimento urbano do BNDES, afirmou que o valor previsto para a expansão do metrô é de R$ 325 milhões, sendo que o banco deverá financiar 80% desse valor (cerca de R$ 260 milhões). O restante ficará sob a responsabilidade do governo do Distrito Federal. A previsão, segundo ele, é que, com esse investimento, a capacidade do metrô passe a ser aproximadamente de 300 mil passageiros por dia. O presidente do BNDES também comentou sobre a linha para apoiar a cadeia de fornecedores da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Segundo ele, o banco está ampliando o programa Pró-Aeronáutica com o objetivo de criar oportunidade de desenvolvimento de empresas competitivas e de fornecedores competitivos. É de grande interesse desenvolver uma cadeia fornecedora, forte e competitiva e que gere mais empregos, afirmou Coutinho. Segundo ele, essa linha provavelmente usará a taxa de juros de longo prazo (TJLP), com spread muito baixinho. O spread é a diferença entre os juros pagos pelos bancos na captação e os que são cobrados dos tomadores de empréstimos.

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