Cidades

Acidente após sequestro relâmpago interdita Eixão Norte

Pablo Rebello
postado em 24/07/2009 22:32

Uma colisão entre três carros, por volta das 20h desta sexta-feira (24/7), deixou um sentido da pista no Eixão intransitável na altura da 106/107 Norte. A Polícia Militar precisou interditar a via no sentido ponte do Bragueto/Rodoviária e transferir o fluxo para o Eixinho. A perícia já se encontra no local. Uma das vítimas afirma que o motorista que provocou o acidente, e deixou o local antes da chegada dos bombeiros e da polícia, praticava um sequestro relâmpago antes de bater o carro.

Segundo o motorista Leonardo de Sousa Teixeira, 30 anos, que dirigia o Voyage de placa JFE 5240/DF, ele rumava para o Pátio Brasil com outros quatro passageiros quando viu o farol de um carro no sentido contrário entrar na faixa central do Eixão para fazer ultrapassagens. "Na altura do pardal, ouvi um cantar de pneus e vi o carro dele rodar e entrar na contramão", detalhou. O Corsa de placa JJD 9432/DF teria então batido no Honda Civic de placa JFY 6831/DF. Leonardo, que vinha logo atrás, não conseguiu evitar a colisão com os dois veículos e acabou jogado para fora da pista.

Ao sair do carro, Leonardo viu um homem ensanguentado deixar o Corsa e perguntou se ele precisava de ajuda. "O sujeito respondeu que não e correu em direção às quadras 300. Não entendi, mas parti para ver se tinha alguém machucado no Honda Civic", afirmou Leonardo. Ninguém ficou gravemente ferido no acidente. Três pessoas foram transportadas pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência com escoriações leves e suspeitas de fratura.

Vítima de sequestro

A recepcionista Juliane Gomez, 21 anos, conta que estava no banco de passageiro do Corsa na hora do acidente e fugiu rumo às quadras 200 após a batida. Segundo a jovem, ela voltava para casa dirigindo o Corsa e parou em um banco na 202 Sul para tirar dinheiro. Na saída, foi rendida por um homem com um revólver, que a mandou ficar quieta e entrar no carro. "Ele usava um boné e mandou que não olhasse para ele se não quisesse morrer. Fiquei muito nervosa. Estava morta de medo. Me encolhi no banco de passageiro enquanto ele dirigia que nem um louco", resumiu.

[SAIBAMAIS]Juliane diz não se lembrar com clareza dos eventos entre o início do sequestro relâmpago e a batida. Ela afirma que sua única preocupação ao sair do carro foi não ser acertada por outro veículo e escapar do bandido. "Tenho duas filhas. Fiquei pensando no que seria delas sem mim. Estava disposta a fazer tudo que ele mandasse, desde que me deixasse sair viva daquela situação", desabafou. Quando percebeu que não era seguida, retornou para o local do acidente.

Apesar de o lado do passageiro do Corsa ter ficado parcialmente destruído e comprimido contra o lado do motorista, Juliane escapou da batida sem apresentar um arranhão sequer. Ela também disse que o carro pertencia à sua sogra, que emprestava o veículo para que a recepcionista pudesse ir ao trabalho. No entanto, Juliane estava sem os documentos do carro. Ela conta que o bandido levou seu celular e o cartão do banco que carregava. A bolsa ainda estava com ela. O acidente será investigado pela 2; DP (Asa Norte).

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