Cidades

Micro-ônibus são apreendidos pela Justiça e deixam população sem atendimento

postado em 28/07/2009 09:53
Muita gente nas paradas de ônibus de Sobradinho e do Paranoá se surpreendeu com a falta de transporte para irem para o trabalho na manhã desta quarta-feira (29/7). A confusão ocorreu depois que a Justiça pediu a apreensão de 100 micro-ônibus da Coopertran e da Cooperativa Brasiliense de Transportes e Construções (Cobrataete). Os veículos fazem as linhas de Sobradinho e Paranoá e atendem cerca de 20 mil pessoas por dia. A decisão judicial foi a favor do Banco de Minas Gerais (BMG), que alega não pagamento de parcelas do financiamento dos veículos. As cooperativas dizem que o acordo foi renegociado, mas o banco o descumpriu. De acordo com o presidente da Cobrataete, Jenilton Borge, por enquanto, a assistência à população fica prejudicada, mas que a cooperativa deve alocar outros veículos para amenizar o problema. Não há prazo para os carros voltarem a circular normalmente. Ele explica que o problema começou quando as cooperativas precisaram adaptar os micro-ônibus ao sistema implantado pela empresa Fácil, responsável pela venda de vales-transporte e passes estudantis. Segundo Borges, o valor investido foi dividido em cinco vezes de R$ 127 mil, desse total, quatro parcelas já foram pagas. Por essa situação, a Cobrataete e a Coopertran decidiram em conjunto fazer uma renegociação do financiamento dos lotes com o banco BMG. Borges conta que há cerca de 15 dias foi assinada a repactuação da dívida entre cooperativas e o banco. Mas, segundo ele, o financiador voltou atrás e alega que um dos lotes foi suspenso pela Secretaria de Transporte do Distrito Federal. Os veículos suspensos pela Justiça estão na posse da Copertran, que, segundo Boges, também havia negociado o financiamento. "Se tivesse de existir alguma apreensão baseada nesta decisão judicial, teria de ser de apenas do lote suspenso anteriormente e não de dois", argumenta Genilton. Cada lote equivale a 50 micro-ônibus. O presidente da Cobrataete se diz surpreso com a apreensão, pois os carros apreendidos na madrugada de hoje estariam regularizados com o Governo do Distrito Federal e com o BMG. "Todos os pagamentos estão em dia, conforme a renegociação assinada, mas o acordo foi quebrado, unilateralmente, pelo banco", defende. "Além da população que fica prejudicada, ainda tem os 260 motoristas que dependem do trabalho para sustentar as famílias", lamenta.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação