postado em 03/08/2009 13:52
Um policial militar é acusado de matar a esposa a tiros na madrugada desta segunda-feira (3/8), por volta das 3h45, na rua 4-c, chácara 11, lote 10-B, em Vicente Pires. O enteado adolescente também foi vítima do ataque de fúria do PM, mas não foi atingido pelos disparos. A mãe do jovem teria se colocado entre atirador e vítima. A mulher recebeu quatro tiros e morreu no hospital. O crime teria sido motivado por ciúmes. O policial está desaparecido, assim como as duas filhas do casal.De acordo com o titular da 38; DP (Vicente Pires), Gerardo Carneiro, na manhã do domingo (2/8), o 1; tenente da 2; Companhia de Polícia Militar Independente do Congresso, Iege Rodrigues Lima, 39 anos, e a mulher Deijaci Lima Sousa, 31, tiveram uma discussão motivada por uma suposta traição do marido com uma cunhada. O caso teria ocorrido em outubro do ano passado.
Ainda segundo os policiais, após a briga, Deijaci e o filho de 16 anos, fruto de um relacionamento anterior, saíram de carro para a residência de parentes em Samambaia. Por volta das 22h, Iege teria ligado para a mulher e pedido que ela retornasse para casa.
Em frente à chácara, Deijaci estacionou o carro, mas antes de sair do veículo, o marido teria se aproximado e atirado contra ela. De acordo com o relato do adolescente, o PM teria falado para Deijaci: "É assim, Vinha?" (como a chamava) e atirado três vezes no tórax da mulher. Uma análise do delegado versa que Iege premeditou o assassinato e já estava dentro do carro esperando as vítimas.
Ação
O acusado estava com um revólver calibre 38 Bulldog, que só comporta cinco munições. O quarto tiro atingiu o braço esquerdo da vítima. O último disparo foi dado em direção ao enteado, mas a mãe colocou o braço na frente para proteger o garoto, que estava no banco do carona. Ao perceber que estava sem munições, o policial fugiu, levando as duas filhas do casal, de dois e três anos.
Deijaci ainda foi socorrida ao Hospital Regional de Taguatinga, mas não resistiu aos ferimentos. O adolescente disse à polícia que, na hora do crime, as crianças dormiam no banco traseiro do carro do padrasto. O casal se conhecia há aproximadamente 10 anos, sete dos quais eram casados.
O policial já tem passagens anteriores pela polícia por lesão corporal mútua, injúria, perturbação da tranqüilidade e resistência à prisão. Segundo o delegado, na Corregedoria da Polícia Militar, ele também responde a dois inquéritos por injúria e um por abuso de autoridade.
Desta vez, ele será autuado por homicídio e tentativa de homicídio. Somadas as penas, se condenado, o PM pode ficar preso por um período de 12 a 30 anos.
Com informações de Naira Trindade