Cidades

Pichador do Teatro Nacional é morto em disputa de gangues

postado em 03/08/2009 15:21
A disputa entre gangues no Entorno do Distrito Federal pôs fim à vida de mais dois jovens. Os assassinatos mais recentes ocorrem neste domingo, na cidade goiana de Valparaíso II. Entre as vítimas está o jovem que pichou a fachada do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, Thiago Marques Rodrigues, 20 anos, conhecido como Metal, morto durante a madrugada. Outro rapaz, ainda sem identificação, morreu a tiros. Segundo testemunhas, ele pode ter participação no primeiro crime. Thiago recebeu os primeiros socorros de populares, mas chegou ao Centro de Apoio Integral à Saúde (Cais) de Valparaíso II sem vida. De acordo com a direção da unidade, ele levou 10 tiros. A polícia civil ainda não tem informações sobre o segundo crime e investiga a suposta ligação entre os dois casos. Os dois crimes ocorreram na Vila Carneiro, bairro carente da cidade. Segundo policiais militares do 20º Batalhão, responsável pela área, Metal atuava como chefe de gangue na localidade. Em março deste ano, a polícia prendeu o rapaz depois que investigação o apontou como autor da pichação no Teatro Nacional. Em depoimento, ele assumiu a autoria do vandalismo que indignou os brasilienses. O jovem disse à polícia que agiu sozinho, após se embriagar na Rodoviária do Plano Piloto. Acabou indiciado pelo artigo 65 da Lei 9.605/2008, que trata de pichação em monumentos tombados, mas aguardava o julgamento em liberdade. No dia 14 de março, a fachada voltada para o Eixo Monumental do teatro amanheceu rabiscada com as palavras Flash, Metal, Bomba, Obama e a sigla GSL. A Delegacia Especial do Meio Ambiente (Dema) investigou o crime. Segundo a investigação policia da época, ele pertencia à gangue Grafiteiros Sem Limites (GSL), que atua no Entorno, e fazia pichações em Valparaíso. Moradores de Valparaíso reclamam que a pichação aparece como um dos principais problemas da cidade.

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