Cidades

Hospital Regional da Ceilândia tem apenas um clínico geral nesta segunda-feira

postado em 24/08/2009 17:00

O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (Sindmédico-DF) denuncia que não haverá clínico médico no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) nesta segunda-feira (24/8) e também nos dias 25, 26, 27 e 31 deste mês, sendo que hoje apenas um médico irá atender os pacientes na parte da manhã e no dia 31 não haverá clínico no período da tarde.

De acordo com o vice-diretor do HRC, José Carlos Viula, o problema da falta de médicos é em toda rede, pois há um déficit de clínicos. "Para se ter uma ideia, dos nove clínicos que recebemos há um ano e meio não temos mais nenhum, ou foram exonerados, ou removidos", afirma Viula. "Temos um déficit de 840 horas semanais", explica.

Os concursados que deixam o hospital pela falta de condições é outro problema apontado pelo vice-diretor. "Só no ano passado, o nosso pronto-socorro atendeu 318 pacientes por dia, foram 114.828 atendimentos da clínica no ano passado. O novato chega aqui e vê a situação de trabalho e não quer ficar mais", explica.

O HRC aguarda a publicação no Diário Oficial para a nomeação de 240 novos clínicos, 100 pediatras que farão o reforço. "Garanto que se tivermos cinco médicos por período de seis horas, o tempo de espera vai diminuir", afirma.

Gripe suína
A nova gripe também tem provocado lotações no HRC, mesmo com os procedimentos divulgados pela Secretaria de Saúde, no qual o paciente deve primeiro procurar um centro de saúde. "A estratégia da Secretaria de Saúde é retirar do pronto-socorro quem tem suspeita da gripe A. Também, para tentar melhorar um pouco a partir de hoje teremos transporte para levar os pacientes até os centros de saúde", esclarece Viula.

No HRC são as enfermeiras que estão fazendo o trabalho de triagem dos pacientes com suspeita da nova gripe pela falta de clínicos. De acordo com o vice-diretor, há uma área isolada no pronto-socorro para atender esses casos, mas sem os clínicos a situação fica ainda mais complicada.

Hran
No Hospital Regional da Asa Norte a denúncia é que alguns médicos estão atendendo sem prontuário, o documento que acompanha a evolução do quadro clínico do paciente. E ainda, as consultas de retorno só estão sendo marcadas após 5 meses, quando o paciente deveria retornar em no máximo um mês.

De acordo com a assessoria de imprensa do Hran, as duas informações não procedem. O retorno está sendo marcado normalmente para até um mês depois da consulta e não há falta de prontuário médico.

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