A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que o ex-policial Edílson Menezes da Cruz, 40 anos, que manteve a ex-namorada e a filha dela refém por mais de oito horas no Guará respondia processos por estupro, atentado violento ao pudor, lesão corporal e extorsão e estava em liberdade condicional depois de ser condenado há dois anos e quatro meses por tortura. Edílson entrou para a Polícia Civil em 1996 e foi expulso em novembro de 2001, no período ele respondeu processos ainda por uso indevido de arma policial e improbidade administrativa.
[SAIBAMAIS]O ex-policial foi atingido no braço por um tiro disparado por um policial durante a ação que colocou fim ao sequestro. De acordo com Monteiro o tiro foi resultado de uma ação tática da polícia, que é feita quando há necessidade de escolher entre a vítima e o agressor. O diretor da PCDF afirmou ainda que o policial que efetuou o disparo teve sangue frio para dar um tiro não-letal, que atingiu o braço direito do agressor. Edílson foi levado para o Hospital Regional de Base, onde passa por uma cirurgia. Enquanto o polícia de elite agia atirando no agressor, uma segunda equipe da polícia invadiu a casa com bombas para distrair Edílson.
Monteiro afirmou ainda que a família do ex-policial confirmou que ele estava tomando muito remédio. Durante a negociação a polícia notou a alteração do comportamento de Edílson. Entre as exigências dele para liberar as duas reféns estava o depósito de R$ 1 milhão, que deveria ser feito em sua conta bancária pelo apresentador de TV Silvio Santos. Foi o comportamento alterado do agressor que também motivou a ação policial, já que segundo Monteiro ele pode ter um comportamento imprevisível.
Edílson será indiciado por carcere privado, resistência à prisão, disparo de arma de fogo e porte de arma e munição restrita. Se condenado ele pode pegar até 15 anos de reclusão.