Cidades

Menina espancada por colegas no Gama não perdeu o rim, diz hospital

Naira Trindade
postado em 28/08/2009 13:40

Apesar de o tio da adolescente agredida por duas colegas de classe do Centro Ensino Fundamental 11 (no Gama) ter afirmado que ela perdera um rim - em função das pancadas que recebeu -, o Hospital Regional do Gama (HRG) negou o fato. Segundo a assessoria de imprensa, não houve dano ao órgão da garota.

De acordo com o HRG, a menina sofreu um trauma abdominal, mas o rim não foi comprometido. As informações são de que ela teve hemorragia interna e passou por vários exames. A vítima ainda sofreu uma cirurgia para verificar os órgãos lesionados. Foram constatadas lesões leves no fígado e na vesícula, corrigidos durante a operação. [SAIBAMAIS]

O quadro de saúde da menina, que está no primeiro dia de internação pós-cirúrgica, evolui bem e ela já teve a dieta liberada.

Violência

A garota de 15 anos foi brutalmente espancada na última terça-feira (18/8), a 200 metros do Centro de Ensino Fundamental 11 (CEF 11), escola onde estuda. As suspeitas pela agressão são duas colegas de classe. A briga só terminou após policiais militares, que passavam pela rua, chegarem ao local.

Segundo familiares, o espancamento foi por motivo de vingança. Em 28 de abril deste ano, a jovem defendeu uma amiga de agressão pelas mesmas estudantes. O fato ocorreu dentro da sala de aula. Na ocasião, a vítima teve o braço lesionado.

Punição

O Secretário de Educação do DF, José Luiz Valente, determinou ao assessor Especial para a Política de Promoção da Cidadania, Atílio Mazzoleni, que acompanhe o caso. Psicólogos vão monitorar os familiares para que medidas educativas sejam adotadas na escola da aluna agredida, assim como em toda a rede pública.

Sobre os detalhes das ações a serem tomadas, Valente se limitou a dizer: "A princípio, vai ser dada atenção especial à família da vítima e à escola". O secretário garantiu que esse foi o primeiro caso de agressão grave em 2009.

O diretor do CEF 11, Luiz Antônio Fermino, pediu a transferência das alunas. Caso ocorra, será a segunda vez só este ano. Antes de frequentarem a escola, as meninas estudavam no Centro de Ensino Fundamental 8. As agressoras moram no Pedregal (Entorno). Devido a distância, os pais estão resistentes quanto à mudança.

Histórico de agressão

As agressoras foram suspensas por quatro dias. Na manhã de hoje, uma das menores chegou a ir ao colégio, mas foi logo impedida de continuar na classe. O diretor da unidade, Luiz Antônio Fermino, ligou para os pais da garota e pediu que a buscassem. As duas têm passagem pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).

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