postado em 01/09/2009 08:24
Um adolescente de 14 anos foi flagrado portando uma arma na sala de aula, ontem, em Taguatinga. Aluno do programa de aceleração, o aluno, que tem um histórico de problemas disciplinares, disse à polícia que pretendia vender a arma, um revólver calibre .38, e seis balas. Ele foi levado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II), em Ceilândia, e terá de se apresentar à Justiça. A Secretaria de Educação estuda transferi-lo para outra escola.[SAIBAMAIS]Uma denúncia anônima levou policiais do Batalhão Escolar até o adolescente, no Centro de Ensino Médio 4. ;Ele já era suspeito desde o início, mas resolvemos fazer uma revista em todos os alunos da sala e encontramos o revólver;, relata o sargento Edmilson Gomes, que liderou a ação. Os pais do jovem foram chamados ao colégio e acompanharam o garoto até a DCA II. ;Ele só me disse que tinha levado a arma para vender;, informa o sargento.
Na escola, o clima de medo se espalhou. Vários pais de alunos foram ao local buscar informações. ;É inaceitável isso;, reclamou uma dona de casa de 45 anos, que preferiu o anonimato.
Além de ter que resolver o assunto com a Vara da Infância e Juventude, o adolescente deverá ter de se adaptar a uma nova escola no meio do ano letivo. ;Nesses casos, é muito difícil manter a criança no mesmo local. Tem toda a situação vexatória da abordagem, o medo que fica nos pais e alunos. A transferência é a melhor coisa a ser feita agora;, avalia o assessor especial para a Promoção da Cidadania da Secretaria de Educação, Atílio Mazzoleni.
Espancamento
Na semana passada, uma garota de 15 anos foi brutalmente espancada por duas colegas do Centro de Ensino Fundamental 11 do Gama, a poucos metros do colégio. Ela foi internada no Hospital Regional do Gama com hemorragia interna. E voltou para casa, na mesma cidade, no domingo. Segundo o tio, o operador de áudio Araílson Santos, 47 anos, ela passa bem e pode até caminhar um pouco com a ajuda de parentes. ;Ela está reagindo, tomando os medicamentos. Disse que ela é jovem e precisa tocar a vida para frente;, disse.
A menina teve o fígado e a vesícula deslocados pelas fortes pancadas e foi operada na semana passada. Em casa, com os familiares, a vítima se diz melhor, mas se queixa de dores no abdômen. ;Voltar para minha família é muito bom. Não vejo a hora de retornar à escola. Mas também estou com muito medo;, confessou. As agressoras foram transferidas de colégio.