Prestam depoimento na 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), nesta terça-feira (1/9), familiares, funcionários, porteiros do prédio e vizinhos do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela, 73 anos. Ele, a esposa, Maria Carvalho Villela, e a governanta Francisca Nascimento da Silva, foram encontrados mortos a facadas na noite de ontem, no apartamento onde moravam, na 113 Sul. Titular da 1; DP, a delegada Martha Vargas já ouviu sete pessoas, até o momento, mas preferiu não divulgar os nomes.
[SAIBAMAIS]Por volta das 11h30, o ex-motorista do advogado, Paulo Humberto Espíndola, 65 anos, foi à delegacia. Empregado das vítimas por 13 anos (de 1975 a 1988), ele descreveu o casal como humilde e que "tratava muito bem os empregados". O motorista também disse que conhecia Francisca, governanta da casa há 32 anos.
A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio, já que várias jóias fora levadas do apartamento do casal. As jóias estavam no closet, o único lugar do apartamento que não estava intacto. Mas investigadores acreditam que os pertences podem ter sido levados para confundir a polícia.
O triplo homicídio que chocou os brasiliense foi descoberto por volta das 20h de segunda-feira (31/8). Como o casal não fez nenhum contato no fim de semana, uma neta, identificada como Virgínia, resolveu verificar no apartamento se havia algum sinal deles. Com a ajuda do porteiro Francisco José Filho, 54 anos, e de um chaveiro, destravou a fechadura e encontrou os avós mortos.
Ao se deparar com os corpos, acionou a polícia. Não havia marcas de arrombamento no local e os vizinhos disseram que não ouviram nenhum barulho. Os investigadores acreditam que os homicídios ocorreram no fim de semana, por causa do estado dos corpos das vítimas.