Cidades

Agefis derruba três casas e cercas na Estância Quintas da Alvorada

postado em 04/09/2009 11:10
A queda de braço entre governo e moradores do condomínio Estância Quintas da Alvorada teve um novo episódio, nesta sexta-feira (4/9). Dois dias após deputados distritais derrubarem o veto ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e darem sinal verde para a legalização da área, fiscais da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) intensificaram as ações de derrubada no local. Nesta manhã, com um forte aparato policial, fiscais colocaram abaixo três casas inacabadas e as cercas do parcelamento.

Morador do local há três anos e membro da comissão de administração do condomínio, Ivo Naves questionou a motivação do ato. "Por que agora que nós avançamos, em termos de PDOT, estão intensificando essas derrubadas? Acredito que isso obedeça ao interesse de algum grupo."

A presidente da comissão de administração do condomínio, Leda Cavalcanti, lamentou a derrubada das cercas. "Todo mundo sabe que são elas que garantem nossa segurança. A área aqui é muito deserta", argumentou.

O secretário de Ordem Pública, Roberto Giffoni, explicou que a cerca delimita uma área que pertence à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), e, por isso é irregular. "Elas já foram retiradas e eles insistem em refazê-las", disse Giffoni.

Ele informou ainda que as casas demolidas são aquelas que descumpriram a orientação da Agefis, com base no Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) para regularização dos condomínios, que inclui apenas as casas construídas até janeiro de 2007 e proíbe novas edificações. Segundo Giffoni, os imóveis derrubados hoje foram erguidos depois do prazo estipulado. Os donos entraram com recursos, mas perderam.

Segundo a Terracap, a construção do condomínio nas imediações da QI 29 do Lago Sul é irregular. O Quintas da Alvorada foi implantado numa área onde funcionava o Projeto 8 da empresa Proflora, antiga estatal de reflorestamento do DF. Com a extinção da Proflora, o imóvel passou à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). A justiça já reconheceu que as terras são da Terracap, que quer destinar a área à implantação de projetos de desenvolvimento urbano.

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