postado em 14/09/2009 16:58
Após a morte de um jovem de 23 anos em uma festa de eletro-funk na Colônia Agrícola Samambaia, na noite de domingo (13/9), a Delegacia de Polícia de Vicente Pires, responsável pela área, anunciou que a partir desta semana vai combater os eventos irregulares na região. Luciano Oliveira de Souza levou um tiro nas costas na chácara 92, rua 2. Ainda não há suspeitos do crime.O rapaz foi levado em estado grave ao Hospital Anchieta por um amigo, mas não resistiu ao ferimento. Testemunhas disseram à polícia que a festa, anunciada na internet, tinha cerca de 200 pessoas. O ingresso custou R$ 10.
Segundo o delegado titular da 38; DP (Vicente Pires), Gerardo Carneiro de Aguiar, o evento não tinha alvará de funcionamento. A dona da casa e o organizador da festa devem prestar esclarecimentos ainda nesta segunda-feira.
Aguiar avisa que, a partir de agora, organizadores de festas com cobrança de ingresso que não procurarem a administração regional para tirar a licença terão o evento cancelado. Em caso de denúncia, se for constatada a irregularidade, policiais e fiscais vão lacrar o local.
"É um risco muito grande a pessoa fazer a festa e não avisar, porque vai ter prejuízo", alerta. A iniciativa tem o apoio da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e de órgãos fiscalizadores do DF. O objetivo, segundo Aguiar, é que as pessoas possam se divertir em segurança e com o menor impacto possível à vizinhança.
O delegado pede a ajuda da população para combater baladas sem licença, já que a polícia precisa tomar conhecimento antes do início do evento. Aguiar explica que não dá para acabar com uma festa quando ela já estiver em andamento, lotada de participantes. Para denunciar, basta ligar para o número 197. Não é necessário cartão telefônico ou crédito no celular. A pessoa não precisa se identificar.
Comoção
O clima era de muita comoção na casa de Luciano Oliveira de Souza, em Samambaia, na manhã desta segunda-feira. Familiares aguardavam a liberação do corpo do rapaz. Ainda em estado de choque, o pai, Lindomar Santos Souza, 49 anos, disse não saber a que horas Luciano saiu, nem com quem ele foi à festa.
Sem querer falar muito, apenas descreveu o filho como um rapaz muito sociável. "Ele não tinha inimizade com ninguém", disse, amparado pelo irmão e por amigos de mais uma vítima da violência no DF.
Segundo o delegado da 38; DP, Luciano não tinha antecedentes criminais. Testemunhas reforçaram à polícia que se tratava de "uma pessoa tranquila", o que torna um mistério a causa do crime. O corpo dele deve ser enterrado no Cemitério de Taguatinga, mas a família ainda não sabia o horário do sepultamento.