postado em 15/09/2009 17:25
O advogado Norberto Soares acaba de apresentar a defesa do ex-cabo do Corpo de Bombeiros Militar do DF Antônio Glauber Evaristo Melo, no plenário do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Antônio é acusado de matar a ex-namorada, a professora de inglês Josiene Azevedo de Carvalho. A defesa reafirmou que o tiro que matou a mulher foi acidental e lembrou, durante a apresentação, que o bombeiro teria procurado a delegacia logo após a tragédia. "O réu foi até a delegacia na mesma noite em que aconteceu a morte de sua ex-namorada. Porém, ele estava tão desequilibrado que o delegado nem chegou a autuá-lo em flagrante e o encaminhou para uma clínica psquiátrica. Por esse fato, não há dúvidas de que ele sofre de problemas psicológicos e que não teve intenção de matar, apesar de ter sido imprudente", argumentou o advogado.
Ainda segundo a defesa, Antônio não deve ser responsabilizado por toda a tragédia, mas apenas por parte dela. "O que existe é apenas a palavra do réu, já que não há testemunhas dos fatos. Por isso, ainda deve-se recorrer ao resultado da perícia, aos depoimentos e a lógica das provas", disse Norberto.
Até o momento, já foram ouvidos o advogado de defesa da família da professora, as testemunhas e o acusado. O julgamento, que teve início às 9h35, deve se estender até as 21h.
Memória
Em 26 de junho de 2008, o cabo do Corpo de Bombeiros Antônio Glauber Evaristo Melo chamou Josiene Azevedo de Carvalho para jantar em um restaurante mexicano, na 215 Sul. Por volta das 19h30, buscou a vítima na quadra 7 da Octogonal. Após o encontro, os dois retornaram para a casa de Josiene. Ele parou o carro, um Golf de placa JFS 2224/DF, em frente ao bloco da professora. Ali, insistiu para que ela reatasse o namoro.
Diante das recusas da ex-namorada, o bombeiro, segundo a acusação, pegou um revólver que tinha debaixo do banco e atirou na cabeça dela. Josiene morreu na hora
Segundo familiares da vítima, Josiene queria dar um fim ao namoro com o bombeiro desde 2006, mas postergava a decisão devido às ameaças que recebia constantemente do companheiro. De acordo com testemunhos de familiares e amigos da vítima, Antônio Glauber tinha costume de andar armado e dizia que o revólver era o seu melhor amigo.