Naira Trindade
postado em 16/09/2009 14:31
[SAIBAMAIS]Uma hora antes do depoimento do prefeito de Planaltina de Goiás, José Olinto Neto, marcado para às 15h desta quarta-feira (16/9), dois advogados de defesa dele chegaram à 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) para tomar conhecimento da convocação do cliente. Eles negaram que o político tenha qualquer envolvimento com o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela. "Não há qualquer prova dessa relação", disse rapidamente o advogado Benedito de Castro da Rocha. José Olinto pode chegar a qualquer instante na DP, onde é aguardado pela delegada Martha Vargas, responsável pelo caso. O depoimento do prefeito estava marcado para terça-feira, mas o político justificou sua ausência ontem. Alegou que estava ocupado com assuntos relacionados ao convênio com o Governo do Distrito Federal, que deverá cuidar de gestão do transporte público nas cidades do Entorno.
A convocação de José Olinto foi uma surpresa para o próprio intimado. "Suspeito que seja relativo ao caso de um espancamento que presenciei em 2002, quando um policial militar agrediu um amigo meu na minha frente. Pois, por outro fato, não deve ser", garantiu Olinto, em conversa por telefone. A polícia não explicou a razão de tê-lo convocado.
Fontes ouvidas pelo Correio disseram que a intimação do prefeito se deu porque o nome dele foi citado numa denúncia anônima. O prefeito teria tido contato com o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia em que ele foi morto, em 28 de agosto. A mesma pessoa sugeriu que Olinto queria contratá-lo para advogar em ação que moveria contra uma empresa de transporte coletivo de Planaltina de GO. José Olinto Neto, porém, nega.
Triplo homicídio
O ex-ministro do TSE, da esposa dele, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e da empregada deles, Francisca Nascimento da Silva, 58, foram mortos no apartamento 601/602, Bloco C, na 113 Sul. Uma neta do casal encontrou os corpos no dia 31. Ela estava acompanhada do namorado, um policial federal e chamou um chaveiro para abrir o imóvel.
O chaveiro Elias Sousa Santos, 35 anos, prestou depoimento nesta manhã. Ele disse que as três fechaduras da porta social estavam com chaves passadas por dentro. Para a delegada Martha Vargas, elas podem ter sido deixadas pelo criminoso para atrapalhar a entrada no imóvel