A polícia prendeu nesta sexta-feira (18/9) três dos quatro acusados de matarem três adolescentes em 11 de agosto, na área rural de Ceilândia. As jovens Islã Santana Silva de Andrade, Janaína dos Santos e Leilane de Souza Erasmo, todas de 17 anos, foram executadas a tiros. Adriana de Carvalho Dias Gonçalves, 24 anos, José Rodrigo da Cunha Odorico, 19 anos, e Eudes de Sousa Lúcio, 22 anos, foram detidos pela participação no triplo homicídio. A polícia ainda procura uma quarto homem que também participou do crime, mas que continua foragido.
Segundo o delegado-chefe da 24; Delegacia de Polícia, Vivaldo Neres, em depoimento Adriana disse que tinha uma briga antiga com Leilane por causa de um namorado. Foi essa disputa amorosa que levou Adriana a planejar o assassinato.
Na noite do crime, Adriana convidou Leilane e as duas amigas para uma festa em uma chácara no Incra 9. Na hora de ir embora as meninas foram abordadas por Adriana, José Rodrigo, e pelo jovem foragido. As três foram levadas para o fundo da chácara onde ocorria a festa. Adriana foi a primeira a atirar em Leilane.
Islã e Janaina ainda tentaram fugir e pediram para não morrerem, mas de acordo com Adriana, os dois jovens não deixaram e cada um atirou em uma. Leilane e Janaina levaram sete tiros cada uma e Islã recebeu oito disparos. Antes de ir embora, José Rodrigo ainda atirou uma vez na cabeça de cada uma das vítimas.
De acordo com a polícia, Eudes de Sousa não participou do crime, mas emprestou as armas usadas no tripo assassinato. As três armas, um revólver calibre .38, uma pistola .380 e uma pistola .40, não foram encontradas, mas segundo o delegado, a partir de amanhã a polícia fará buscas nas casas de conhecidos do grupo atrás do armamento. O delegado acredita que uma dívida de crack de R$ 200, que uma das vítimas tinha com Eudes, o motivou a emprestar as armas usadas no crime.
O diretor geral da Polícia Civil do DF, Cléber Machado, afirmou que esse tipo de crime é difícil de ser desvendado porque os autores fogem e escondem as provas. ;Mas mesmo que demore a polícia sempre chega ao autor. Mesmo sendo uma região pobre, a polícia trabalhou com o mesmo empenho para desvendar o crime;, afirmou Monteiro.
Lembrando o empenho de agentes da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) para desvendar outro triplo homicídio, a morte do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, José Guilherme Villela, a mulher dele, Maria Villela, e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, ocorrido dentro do apartamento dos Villela na 113 Sul, no último dia 28, Monteiro reiterou o trabalho dos policiais. ;O que eu posso dizer é que todos estão trabalhando com muito suor para resolver esse caso e acredito que em breve os responsáveis pelo crime estarão detidos;.