Dados do balanço da Campanha Nacional contra Poliomelite, divulgados ainda há pouco pela Secretaria de Saúde, apontam que 178.975 crianças foram vacinadas no Distrito Federal. O que representa 80,2% do total. Porém, a meta era vacinar 223 mil. Ao longo desta semana os pais ainda poderão procurar os postos para imunizar as crianças ainda não vacinadas.
Em todo o país, até ás 18h deste sábado (19/09), os dados do balanço parcial da segunda etapa apontaram que mais de 9,5 milhões crianças menores de cinco anos receberam as gotinhas. Isso representa uma cobertura de 61,5% do total da população dessa faixa etária.
As Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde continuarão atualizando os sistemas de informações nas próximas semanas, quando será divulgado um balanço final. Embora parciais, o Ministério da Saúde avalia que os números indicam o bom desempenho dos estados na vacinação.A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar 14,7 milhões de crianças menores de cinco anos ; isso representa uma cobertura de 95%. Para chegar a um índice tão alto, foram montados 115 mil postos de vacinação em todo o país, onde trabalharam 350 mil profissionais, além da utilização de 40 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. A primeira etapa foi realizada no dia 20 de junho e atingiu 95,7% da população-alvo.
Investimento
Com o slogan ;Não dá pra vacilar. Mais uma vez, tem que vacinar;, a campanha teve investimento, na primeira e segunda fase, de R$ 47,6 milhões. A maior parte desse valor, R$ 21,8 milhões, foi para a compra dos imunobiológicos. Do total, R$ 13,9 milhões foram repassados às secretarias estaduais e municipais de saúde e os R$ 12 milhões restantes, para campanhas publicitárias.
O Brasil erradicou a poliomelite desde 1989. Esse resultado deve-se, principalmente, as campanhas de vacinação realizadas desde o início da década de 1980. A imunização é a única forma de prevenir a doença e manter o país livre da circulação do vírus. Por isso, a importância de pais e responsáveis levarem as crianças menores de cinco anos para vacinar.
Reforços
As crianças devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. Mesmo depois dessa etapa é importante que, até completar cinco anos, elas tomem anualmente as duas doses distribuídas na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomelite. Esses reforços acontecem porque a doença é transmitida por três tipos de vírus. Se a criança não desenvolveu imunidade com relação a um deles, com as várias doses, ela tem oportunidade de se proteger.
A vacina contra a poliomelite é oferecida pelo Sistema Único de Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Além da distribuição nas duas etapas da campanha, ela fica disponível nos postos de saúde durante todo o ano. A poliomelite é uma infecção grave causada por três tipos vírus que provoca lesões no sistema nervoso podendo matar ou provocar a paralisia dos membros (pernas e braços). A doença é transmitida via oral.
Memória
No Distrito Federal, o último caso de pólio foi registrado em 1987,e, no Brasil, em 1989. As crianças que não foram vacinadas nesse sábado poderão ser levadas aos centros de saúde durante a semana.
A campanha no DF teve a participação de 2.706 funcionários da Secretária de Saúde, Polícia Militar e Detran, além de 163 viaturas. Foram distribuídas 263 mil doses de vacina Sabin entre todas as cidades do DF.
Objetivo da campanha, promovida em todos os estados, é manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva e a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente. O último caso de poliomielite no Distrito Federal foi registrado em 1987, e nas Américas, em 1991.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde do DF