Os pais que pensavam em levar os filhos no Dia das Crianças ao parquinho Ana Lídia, no Parque da Cidade, podem mudar de planos. A menos de um mês da data que atrai centenas de meninos e meninas ao local, a reforma do Parque Ana Lídia não tem previsão para começar.
O parque está fechado desde novembro do ano passado, quando duas crianças se acidentaram. Na época, a Administração do Parque da Cidade prometeu que no primeiro semestre de 2009 a revitalização dos brinquedos seria concluída. Quase um ano após os incidentes, a situação permanece a mesma.
O administrador do Parque da Cidade, Rivaldo Paiva, conta que em 12 de outubro o parque vai abrir e as crianças poderão brincar em alguns brinquedos, como a gangorra, que terão as ferrugens retiradas e serão repintados. Outros, como o escorregador, serão retirados do parquinho por não ter mais condições de uso. "Além disso, colocaremos cama elástica, totó e piscina de bolinhas para entreter as crianças", conta Paiva.
Ele explicou que a ideia agora é fazer um projeto com arquitetos e engenheiros e depois buscar uma nova licitação para começar as obras. Todos os brinquedos serão mudados. De acordo com Paiva, o material do parquinho, que é de metal, não deve mais ser utilizado.
Segundo a administradora de Brasília, Ivelise Longhi, o Instituto Alexandre Gomes, contratado para fazer a revitalização do parquinho, abandonou o projeto. "Recentemente, a empresa entrou em contato aqui na administração, mas não foi nem conosco, nem com o executor do convênio. Falou com um servidor nosso que estaria desistindo porque não estava conseguindo encontrar patrocinadores", explica Longhi.
A Administração de Brasília tenta encontrar outras saídas para resolver o problema. "A gente vai tentar agora um plano B. No parque tem uma lanchonete interna. Quem sabe a gente licita a lanchonete? Quem tiver lanchonete mantém a conservação e nos ajuda. Mas não vou desistir de fazer um parque que Brasília merece", promete Ivelise.
O parquinho conta com vigilância diária desde que foi fechado. Segundo a segurança, o interesse pelos brinquedos é grande. "A procura é constante, das crianças, dos pais, principalmente nos fins de semana."
História
Depois dos incidentes em novembro, a administração chamou a Defesa Civil e alguns engenheiros para fazer uma avaliação dos brinquedos. Eles concluiram que todos precisavam de alguma reforma ; alguns, de grandes reformas estruturais. "Fomos procurados pelo Ibram, que já vinha conversando com uma instituição que tinha interesse em fazer o projeto Abrace um Parque e consertar esses brinquedos. Nós então contatamos essa instituição, e essa pessoa (a presidente do Instituto, Jaqueline Lobão) se mostrou interessada, disposta", conta a administradora.
O instituto fez um levantamento e uma proposta de não apenas consertar os brinquedos, mas fazer adaptações mais modernas do ponto de vista de segurança. "Pedimos para eles estudarem a possiilidade de adequar alguns brinquedos a crianças com necessidades especiais", lembra Idelize Longhi. Essa proposta foi analisada por um conselho formado por funcionários da administração e prefeitos comunitários, além do Ipham. O Instituto Alexandre Gomes teria o prazo de um ano para deixar o parquinho pronto.
Segundo a Administração de Brasília, o instituto alegou dificuldades de conseguir patrocínios. Preocupados com o fato de que nada havia sido feito em quase um ano, a administração mandou uma carta ao instituto e recentemente denunciou o convênio, para romper o contrato. Mais tarde, a empresa entrou em contato com a administração, desistindo do projeto.
Abrace um parque
No projeto Abrace um Parque, a entidade interessada apresenta uma proposta de revitalização de uma determinada área ou de um parque. Em contrapartida, pode colocar propaganda dos seus patrocinadores no local.