Cidades

Reforma do parque Ana Lídia não tem data para começar

postado em 22/09/2009 20:09

Os pais que pensavam em levar os filhos no Dia das Crianças ao parquinho Ana Lídia, no Parque da Cidade, podem mudar de planos. A menos de um mês da data que atrai centenas de meninos e meninas ao local, a reforma do Parque Ana Lídia não tem previsão para começar.

Os brinquedos estão abandonados há quase um anoO parque está fechado desde novembro do ano passado, quando duas crianças se acidentaram. Na época, a Administração do Parque da Cidade prometeu que no primeiro semestre de 2009 a revitalização dos brinquedos seria concluída. Quase um ano após os incidentes, a situação permanece a mesma.

O administrador do Parque da Cidade, Rivaldo Paiva, conta que em 12 de outubro o parque vai abrir e as crianças poderão brincar em alguns brinquedos, como a gangorra, que terão as ferrugens retiradas e serão repintados. Outros, como o escorregador, serão retirados do parquinho por não ter mais condições de uso. "Além disso, colocaremos cama elástica, totó e piscina de bolinhas para entreter as crianças", conta Paiva.

Ele explicou que a ideia agora é fazer um projeto com arquitetos e engenheiros e depois buscar uma nova licitação para começar as obras. Todos os brinquedos serão mudados. De acordo com Paiva, o material do parquinho, que é de metal, não deve mais ser utilizado.

Segundo a administradora de Brasília, Ivelise Longhi, o Instituto Alexandre Gomes, contratado para fazer a revitalização do parquinho, abandonou o projeto. "Recentemente, a empresa entrou em contato aqui na administração, mas não foi nem conosco, nem com o executor do convênio. Falou com um servidor nosso que estaria desistindo porque não estava conseguindo encontrar patrocinadores", explica Longhi.

A Administração de Brasília tenta encontrar outras saídas para resolver o problema. "A gente vai tentar agora um plano B. No parque tem uma lanchonete interna. Quem sabe a gente licita a lanchonete? Quem tiver lanchonete mantém a conservação e nos ajuda. Mas não vou desistir de fazer um parque que Brasília merece", promete Ivelise.

O parquinho conta com vigilância diária desde que foi fechado. Segundo a segurança, o interesse pelos brinquedos é grande. "A procura é constante, das crianças, dos pais, principalmente nos fins de semana."

História

Depois dos incidentes em novembro, a administração chamou a Defesa Civil e alguns engenheiros para fazer uma avaliação dos brinquedos. Eles concluiram que todos precisavam de alguma reforma ; alguns, de grandes reformas estruturais. "Fomos procurados pelo Ibram, que já vinha conversando com uma instituição que tinha interesse em fazer o projeto Abrace um Parque e consertar esses brinquedos. Nós então contatamos essa instituição, e essa pessoa (a presidente do Instituto, Jaqueline Lobão) se mostrou interessada, disposta", conta a administradora.

O instituto fez um levantamento e uma proposta de não apenas consertar os brinquedos, mas fazer adaptações mais modernas do ponto de vista de segurança. "Pedimos para eles estudarem a possiilidade de adequar alguns brinquedos a crianças com necessidades especiais", lembra Idelize Longhi. Essa proposta foi analisada por um conselho formado por funcionários da administração e prefeitos comunitários, além do Ipham. O Instituto Alexandre Gomes teria o prazo de um ano para deixar o parquinho pronto.

Segundo a Administração de Brasília, o instituto alegou dificuldades de conseguir patrocínios. Preocupados com o fato de que nada havia sido feito em quase um ano, a administração mandou uma carta ao instituto e recentemente denunciou o convênio, para romper o contrato. Mais tarde, a empresa entrou em contato com a administração, desistindo do projeto.

Abrace um parque
No projeto Abrace um Parque, a entidade interessada apresenta uma proposta de revitalização de uma determinada área ou de um parque. Em contrapartida, pode colocar propaganda dos seus patrocinadores no local.

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