Teve início nesta sexta-feira (25/9), por volta das 9h, no Tribunal do Júri de Taguatinga, o julgamento de Euques Carlos Muniz Junior, 59 anos. Ele é acusado de matar um feirante em outubro de 1982, na QC 6 de Taguatinga. Jorge Mendes de Aguiar foi assassinado com um golpe de faca no tórax.
Euques Junior é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe (fútil) e, ainda, por ter impossibilitado a defesa da vítima. A pena é de 12 a 30 anos de detenção mas.
O júri
O juiz do caso é Almir Andrade de Freitas, presidente do Tribunal do Júri de Taguatinga. No júri há cinco homens e duas mulheres, escolhidos por sorteio. Apenas uma agente de polícia é ouvida como testemunha. O resultado deve sair ainda nesta manhã.
O crime
O vendedor ambulante Euques Junior, conhecido como ;Neguinho da Santo Antônio;, procurava por feirantes com quem havia se desentendido pouco antes do crime. Jorge Mendes não estava entre os que brigaram, mas foi o único encontrado no local.
A prisão preventiva do réu foi decretada, mas desde então ele está foragido. Mesmo se fosse encontrado, como já se passaram 27 anos, o réu não precisaria cumprir a detenção. A Lei 11.689, de 2008, permite que haja julgamento mesmo sem a presença do acusado.
Réus foragidos
Desde fevereiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) tem realizado mutirões para julgar processos em que os réus estão foragidos. Antes da Lei 11.689, não era possível julgar esses casos, já que a presença dos acusados no plenário do júri era obrigatória. Já foram julgados 39 processos. A medida tem o objetivo de agilizar os julgamentos e desafogar o judiciário. Os mutirões continuam até o fim do ano.