A eleição para escolher os 165 novos conselheiros tutelares do Distrito Federal começou com confusão em Brazlândia, onde o sistema ficou fora do ar por algum tempo, e quando voltou a funcionar, estava lento demais. Alguns eleitores deixaram o Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) da cidade revoltados com a impossibilidade de votar.
Outro ponto criticado pelas pessoas que aguardavam na fila foi a forma como será realizado o processo, visto que o próprio eleitor deve digitar o número do título para contabilizar o voto.
Já na Ceilândia, o problema é a falta de pessoal. Segundo denúncia de moradores da cidade, em várias escolas o processo de votação ainda não começou. As portas da Escola 11 da EQNM 6/8, por exemplo, estão fechadas.
Para o autônomo Manoel Gonçalves, que foi cedo votar na escola, essa não é a primeira vez que isso acontece. "Na última eleição foi a mesma coisa. A gente vinha votar cedo, pois disseram que começaria às 9h, mas só ao meio-dia passou a funcionar. Muita gente já procurou a escola agora de manhã e não tem ninguém para atender", reclamou.
Na Escola Classe 13, no PSul, mais problemas. O sistema cai a todo instante e uma fila enorme se formou na porta do local. "Parece que os mesários não foram treinados, e há apenas três computadores para votação em toda a escola", aponta a funcionária pública Maria Miguel. Ela diz que desistiu de votar ao ver as dificuldades. "Eu tenho interesse em participar da eleição, mas nessa situação não tem condições", denuncia.
Na Fercal não foi diferente. De acordo com a moradora Nelita de Souza, até as 12h20, apenas 30 pessoas, aproximadamente, haviam conseguido votar. A moradora contou também que apenas um computador estava funcionando para a votação. "O TRE chegou aqui quase 10h com um computador. Mas o sistema estava lento, caindo toda hora, e as pessoas desistiam de votar", afirma.
Com informações de Mônica Harada e Aerton Guimarães.