Jornal Correio Braziliense

Cidades

Problemas para votar nos conselheiros tutelares continuam em todo o DF

A eleição para escolher os 165 novos conselheiros tutelares do Distrito Federal, realizada neste domingo (4/10), desde seu início apresentou problemas em diversas regiões administrativas. Marcada para iniciar às 9h, em vários locais o atraso chegou a quase uma hora.

O sistema para votação, realizado em um computador, tem sido o principal problema. Além da demora, assim que os primeiros eleitores começaram a votar o sistema não aguentou a demanda e caiu, impossibilitando o voto eletrônico. Desta forma, o voto em cédulas teve que ser adotado, o que tumultuou ainda mais a votação devido ao enorme tempo que as cédulas demoravam a chegar nas zonas eleitorais.

Desde o começo da manhã, a equipe do Correio tem recebido denúncias de moradores de diferentes regiões e sempre relatando os mesmos problemas: longas filas, muita demora, desrespeito aos preferenciais (idosos, gestantes, mães com crianças de colo) entre outros. Alguns eleitores, ao perceber o tumulto, desistiam de registrar seus votos. "Eu tenho interesse em participar da eleição, mas nessa situação não tem condições", contou a funcionária pública Maria Miguel, que tentou votar em uma escola do P-Sul, mas perdeu a paciência com a bagunça.

De acordo com o autônomo Manoel Gonçalves, morador de Ceilândia, essa não é a primeira vez que este tumulto ocorre. "Na última eleição foi a mesma coisa. A gente vinha votar cedo, pois disseram que começaria às 9h, mas só ao meio-dia passou a funcionar. Muita gente já procurou a escola agora de manhã e não tem ninguém para atender", reclama.

Além de Ceilândia e P-Sul, atrasos e falhas no sistema também foram registrados na Fercal, Brazlândia e Paranoá. Nesta última, a equipe do Correio presenciou vários transtornos. Em pelo menos dois locais de votação a Polícia Militar teve que ser chamada para controlar a bagunça.

Ainda no Paranoá, mesários confirmaram as suspeitas de alguns eleitores: não houve treinamento para a votação.

Com informações de Aerton Guimarães e Thiago Rizério.