postado em 06/10/2009 11:46
A terceira paralisação, só este ano, realizada pelos Policiais Civis de Goiás (PCGO) continua. Com a greve, 20 cidades do Entorno do Distrito Federal estão prejudicadas. A quantidade de ocorrências registradas diariamente caiu de 400 para 120. A informação é do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO) e diz respeito, respectivamente, a um dia de atividades normais e em greve. São atendidas pela PCGO: Abadiânia, Água Fria, Alexania, Águas Lindas, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho, Corumbá, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina de Goiás, Santo Antonio do Descoberto, Valparaíso, Vila Boa e Vila Propíicio.
[SAIBAMAIS]Segundo o presidente do sindicato, 260 policias civis trabalham nestas cidades. Em um dia normal, são registradas cerca de 20 ocorrências por delegacia ; o que corresponde a uma média de 400 registros todos os dias. Como na greve apenas 30% das ocorrências são registradas, o número caiu para 120.
Greve
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP/GO), afirmou que a proposta aos Policiais Civis do estado será mantida, por ser o máximo que o governo pode subsidiar (Veja abaixo a negociação). A categoria, sem aceitar o acordo, permanece em greve.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Silveira Alves de Moura, a proposta não contempla a categoria. ;Queremos o mesmo tratamento que é dados aos bombeiros e policiais militares;. Moura destaca que o teto salarial dos profissionais citados passa dos R$ 9 mil.
A terceira paralisação da categoria este ano teve início nesta segunda-feira (5/10). Mas o comunicado oficial foi feito apenas no fim da tarde. Durante todo o dia, as delegacias realizaram 30% das atividades ; isso inclui flagrantes e registro de crimes hediondos. Ao todo, são 49 dias de greve da categoria.
Negociações
A última paralisação, iniciada em junho, foi suspensa em julho deste ano (foram 28 dias de greve). O retorno às atividades, segundo o sindicato, ocorreu somente por conta da promessa de negociação, por parte do governo. No entanto, a pauta de reivindicaçõe tem provocado polêmica, principalmente quanto ao valor do teto salarial.
Os policiais pediram R$ 11.207 como salário de fim de carreira ; o que representaria um aumento de 313% do valor atual, R$ 3.3348. No entanto, o governo afirma não poder aumentar o salário em mais de 89,72%, passando o teto para R$ 5.144,91. Segundo a Secretaria de Segurança, o impacto da proposta seria de R$ 1,3 milhões. Caso as reivindicações da categoria sejam atendidas, o custo com pagamentos superaria os 11 milhões.
A secretaria informa que, em no máximo 30 dias, vai enviar a proposta do Plano de Cargos e Salários dos agentes e escrivãos da PC, para a Assembléia Legislativa, para aprovação do aumento.