Ativistas do Greenpeace se reuniram na manhã desta terça-feira (13/10) em frente ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo, para protestar por mudanças nas políticas ambientais brasileiras. A manifestação começou por volta das 9h.
Oito ativistas, quatro deles fantasiados, representaram as expectativas do movimento quanto às propostas que serão apresentadas pelo governo brasileiro na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, em dezembro deste ano, em Copenhague.
Um dos manifestantes usou uma cabeça gigante, com os traços do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, um se vestiu de tubarão, representando a região costeira brasileira, outro de vaca, para retratar o setor pecuarista, maior responsável pelo desmatamento na Amazônia, e um outro se vestiu de placa solar (que retém energia do sol), representando fontes de energia renovável.
Nesta manhã, o presidente Lula estava reunido com os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, para definir propostas para a conferência em dezembro.
Propostas defendidas
De acordo com João Talocchi, coordenador da campanha de clima do Greenpeace, os ativistas chamaram a atenção de alguns membros do governo que chegaram ao local. ;Espero que eles tenham levado isso para a reunião;, diz.
Talocchi afirma que, embora ainda não saiba qual foi o impacto do protesto, a manifestação foi positiva. ;Conseguimos protocolar uma carta para o presidente Lula, explicando nossa demanda e a posição que esperamos que o governo adote na conferência;.
Também foram entregues dois banners. Um representa um formulário de imigração, necessário para ingresso em outros países, com os interesses do Greenpeace mencionados. Outro banner imita uma passagem aérea gigante para o presidente da República.
Desmatamento
O movimento espera que, até 2015, o desmatamento na Amazônia chegue ao nível zero. De acordo com Talocchi, isso não quer dizer que nenhuma árvore será derrubada, mas que a floresta será restaurada e mantida de forma sustentável.
Além disso, o Greenpeace defende que até 2020 a matriz energética brasileira tenha 25% de energias renováveis e 30% da região costeira esteja protegida.