O julgamento estava marcado para as 9h, mas só começou às 10h30. Foram ouvidas três testemunhas, entre elas uma sobrinha de Carlos Alberto. Éder também falou ao júri. Ás 20h, deve terminar a fase de tréplica que dura 1h e iniciar a reunião do conselho de sentença que fará a votação dos quesitos levantados. A sentença deve sair só após às 21h.
Se condenado pelos crimes, o acusado pode pegar até 30 anos de prisão. O réu é portador de HIV e está em fase terminal.
O crime
Carlos Daniel e o filho foram mortos a tiros de pistola, no desembarque do aeroporto, quando retornavam de uma viagem. De acordo com testemunhas, os dois estavam abraçados e conversando, quando Eder Douglas chamou por Daniel e disparou contra ele. Carlos Alberto entrou na frente dele e também acabou atingido.
Segundo o processo, o principal motivo do crime teria sido o ciúme doentio que Éder Douglas nutria por Carlos Daniel. Na época, ele alegou ter ciúmes do sobrinho, que não correspondeu ao assédio sexual do agente. Éder responde por homicídio qualificado por motivo fútil.
Antecedentes
Quatro anos antes do crime, o agente matou um garoto de programa depois de uma discussão. O caso foi arquivado sob o argumento de legítima defesa.
Em 2000, quando foi preso no Núcleo de Custódia da PF, Eder Douglas, deficiente físico, alegou que tinha sido ameaçado pelo cunhado e seu filho. A assessoria de comunicação da PF não soube informar se há algum procedimento administrativo contra o agente.