Os servidores da saúde do Distrito Federal decidiram entrar em greve. A partir da próxima terça-feira, ambulatórios e centros de saúde vão deixar de atender a população. A categoria optou pela paralisação em assembleia geral, na manhã desta quinta-feira (22/10), em frente ao Buritinga.
Eles reivindicam a incorporação ao salário de 50% da gratificação das atividades técnico-administrativos. O GDF concedeu benefício semelhante aos médicos, que tiveram a incoporação de metade da Gratificação de Atividades Médicas (GAM), o que resultou um aumento de cerca de 25%.
Já a proposta de reajuste para servidores de nível básico e médio foi de 5,4%. "Não vamos aceitar a discriminação. Todos os servidores merecem o mesmo reajuste", justifica o presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde (SindSaúde-DF), Agamenon Torres.
Só urgências
O movimento atenderá a exigência legal de manter 30% do efetivo trabalhando. Mas apenas as emergências dos hospitais vão funcionar. Os técnicos atenderão os pacientes internados nas unidades de saúde e auxiliarão as cirurgias de urgência. "Temos obrigação de salvar vidas", diz Torres.
A secretaria de Saúde convocou os grevistas para uma reunião nesta tarde, às 17h30. O órgão informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está disposto a negociar, de maneira a encontrar um equilíbrio na equação: atender ao demanda dos servidores, sem estrangular o orçamento ou ferir a lei de responsabilidade fiscal.
Mas o presidente do SindSaúde adiantou que, caso o secretário de Saúde Augusto Carvalho apresente uma proposta, ela só será avaliada na assembléia marcada para quarta-feira, às 10h, em frente ao Buritinga. Ou seja, na terça-feira o serviço público de saúde não deverá funcionar.
Desde as 17h30 desta tarde, o Secretário de Saúde do DF, Augusto Carvalho, a cúpula da secretaria e integrantes do Sindicato dos Empregados da Saúde (SindSaúde-DF), estão reunidos para tentar um acordo.