Cidades

Servidores da Saúde prometem greve

postado em 24/10/2009 08:10
A paralisação dos servidores da saúde do Distrito Federal ficou mantida para a próxima terça-feira, apesar da reunião na noite de ontem entre representantes da categoria e a Secretaria de Saúde. O secretário adjunto, Fernando Antunes, pediu a suspensão do movimento para a retomada das negociações, alternativa descartada pelos grevistas.;Se depois de três meses de negociação, não apresentaram nenhuma proposta ontem, não há por que suspender a greve;, justifica o presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde (SindSaúde), Agamenon Torres. A categoria decidiu cruzar os braços alegando ;discriminação; por parte do governo, que a deixou de fora de um benefício concedido à classe médica.

O GDF incorporou 50% da Gratificação de Atividades Médicas (GAM) ao salário dos profissionais de nível superior, o que resultou um aumento de cerca de 25%. Já a proposta de reajuste para servidores de nível básico e médio foi de 5,4%. ;Não vamos aceitar a discriminação. Todos os trabalhadores merecem o mesmo reajuste;, diz Torres.

Com a greve, a população não terá atendimento em ambulatórios e centros de saúde. Apenas as emergências dos hospitais vão funcionar. Os técnicos atenderão os pacientes internados nas unidades de saúde e auxiliarão as cirurgias de urgência. ;Não deixaremos ninguém morrer por falta de atendimento, mas só vamos voltar às atividades normais após recebermos benefício semelhando ao dos médicos;, explica o presidente do sindicato. A Secretaria de Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai manter o canal de negociação permanentemente aberto, mesmo com a paralisação. Disse ainda que entende a demanda dos servidores, acha justa, mas tem que ser criteriosa, para não extrapolar o orçamento ou ferir a lei de responsabilidade fiscal.


O número
50%

Percentual de gratificação incorporada aos salários dos médicos, reivindicada pelos técnicos

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