Cidades

Semana promete laudo revelador do caso Villela

postado em 26/10/2009 08:48
O Instituto de Crimanalística (IC) deve encaminhar à 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), nesta semana, um relatório que mostra que o casal José Guilherme Villela, 73 anos, e Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e sua empregada, Francisca Nascimento da Silva, 58, foram executados por três pessoas em 28 de agosto deste ano. Como adiantou o Correio no último sábado, o documento revela que as três vítimas foram dopadas por um dos assassinos, rendidas por outro e esfaqueadas por um terceiro. Para a polícia, a posição em que os corpos estavam, o número de facadas e a falta de sinais que indiquem reação das vítimas apontam que o crime foi cometido por mais de duas pessoas.

[SAIBAMAIS]Durante os próximos dias a polícia também vai continuar a colher depoimentos de pessoas identificadas a partir da abertura do sigilo telefônico dos familiares do casal Villela. Na quinta-feira, foram distribuídas 37 intimações ; 11 delas cumpridas no dia seguinte. Três delegados que trabalham na unidade tomaram os depoimentos de pessoas que mantiveram contato telefônico com as vítimas dias antes do crime. Quase dois meses depois de a polícia encontrar os corpos do casal Villela e de Francisca Nascimento, mais de 100 pessoas foram ouvidas pelos investigadores.

Na próxima segunda-feira, vence o segundo prazo de conclusão para o inquérito, e os investigadores responsáveis deverão pedir uma nova prorrogação. É possível que o caso seja transferido para uma delegacia especializada, como é o trâmite, se até lá o crime não tiver sido esclarecido.

Na semana passada, a polícia divulgou fotos e reproduções das joias levadas do apartamento dos Villela depois dos homicídios. A delegada responsável pelo caso, Martha Vargas, e as equipes de investigação têm feito diligências para checar as mais de 50 denúncias recebidas pelo telefone 197, todas referentes à localização do produto do latrocínio. Os agentes esperam chegar aos receptadores das joias para, em seguida, identificar os assassinos.

Ontem, o dia na delegacia foi tranquilo. A delegada Martha Vargas não foi à DP. Na semana passada, a polícia admitiu pela primeira vez que o crime da 113 Sul deve demorar pelo menos um ano para ser solucionado. Mas os investigadores não descartam que uma informação-chave possa ajudar a desvendar nos próximos dias o que aconteceu na última sexta-feira de agosto dentro do apartamento 601/602 do Bloco C da 113 Sul.

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