Cidades

Dia de Finados movimenta comércio de flores no DF

postado em 30/10/2009 08:23
Dar flores é uma das formas mais tradicionais formas de expressar o amor por entes queridos, mesmo quando eles já partiram deste mundo. Um gesto singelo, mas que movimenta consideravelmente o mercado de plantas no Dia de Finados. A data é responsável pelo quarto maior faturamento do ramo, de acordo com dados do Sindicato do Comércio Varejista de Flores, Plantas e Gêneros Alimentícios do Distrito Federal (SindiGênero-DF). Fica atrás apenas dos dias das Mães, das Mulheres e dos Namorados.

No dia dedicado à memória dos mortos, a frieza dos cemitérios é quebrada pela colorido dos crisântemos, também conhecidos como flores do campo. Eles são o carro-chefe das vendas nesta época do ano. A planta em vaso é responsável por 70% dos pedidos, segundo o atacadista Rubens Matsunaga. Semanalmente ele vende em torno de 500 vasos de crisântemos, mas, nesta semana de Finados, este número já saltou para 3 mil.[SAIBAMAIS]

A preferência se dá por vários motivos. "É resistente ao tempo, tem volume de flores e diversidade de cores", explica o empresário. Outro grande atrativo é o preço acessível. No varejo, o crisântemo custa de R$5 a R$15, de acordo com o tamanho do vaso e a quantidade de flores.

Em segundo lugar vem as rosas, responsáveis por 15% das vendas. "As brancas e vermelhas são as mais pedidas", diz Matsunaga. A flor é uma boa opção para quem tem vários entes no cemitério, mas não pode comprar um vaso para cada. A dica do atacadista é colocar um botão de rosa por túmulo. Os 15% restantes estão dividos entre a palma, crisântemo cortado e vasos de kalanchoê.

Queda nas Floriculturas
O boa saída de flores no atacado não reflete na venda em floriculturas. O crescimento do mercado informal fez cair a procura nas lojas, segundo o presidente do SindGênero, Joaquim Santos. Proprietário de floricultura, ele conta que, há 10 anos, a data era a terceira melhor do comércio formal. Só perdia para o Dia da Mães e dos Namorados. Hoje, já não é mais tão expressiva.

"Praticamente não há fiscalização em relação aos ambulantes. É uma pena para o mercado de flores e para o pessoal que paga impostos", lamenta o presidente do sindicato. Como a maioria das pessoas deixa para comprar as flores em cima da hora, o movimento maior é esperado mesmo para o comércio nas proximidadas dos cemitérios.

O SindGênero tem uma boa expectativa para o Mercadão das Flores, formado por boxes que ficam quase em frente ao Campo da Esperança, na Asa Sul. O pólo, segundo ele, alia comodidade, produtos de qualidade e modelos variados e é uma alternativa para o consumidor que prefere evitar os camelôs.

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