Rodolfo Borges
postado em 02/11/2009 19:59
Cerca de 560 mil visitantes passaram pelos seis cemitérios do Distrito Federal ontem para lembrar os entes queridos no Dia de Finados. A movimentação começou no sábado. Durante o fim de semana, 240 mil pessoas anteciparam suas saudações para evitar os transtornos da data em que os cemitérios são mais frequentados no país. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia previsto chuva, mas o feriado prolongado foi de sol. [SAIBAMAIS]No maior cemitério da cidade, o Campo da Esperança, localizado no final da Asa Sul, a movimentação foi a maior registrada durante os três últimos dias. Desde sábado, passaram por lá cerca de 296 mil pessoas - 208 mil só ontem. Os arredores do cemitério ficaram cheios de carros. Os gramados do Setor Policial Sul e o estacionamento 6 do Parque da Cidade foram tomados pelos automóveis, que também lotaram o estacionamento do próprio Campo da Esperança. Apesar da intensa movimentação de veículos, nenhuma ocorrência de trânsito foi registrada.
Na Asa Sul, o tráfego foi controlado por policiais do Batalhão de Trânsito (BPTran). Em Taguatinga, o acesso de veículos ficou sob responsabilidade de 12 equipes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), com dois agentes cada. Nas demais cidades, a Polícia Militar atuou com apoio logístico do Detran. Para evitar tumulto e facilitar o acesso dos visitantes, a entrada de veículos nos cemitérios foi proibida, exceto para idosos e deficientes. Para chegar aos túmulos mais distantes, a população contou com vans que fizeram o transporte gratuito. O GDF também montou postos de primeiros socorros e banheiros químicos.
Maria Adersina da Silva, 65, chegou cedo ao Campo da Esperança para cuidar do túmulo que abriga o pai, uma irmã que morreu há cinco anos e um neto. ;Sempre venho ao cemitério cuidar do jazigo, mas Finados é um dia especial. É o dia deles;, comentava a aposentada, enquanto acompanhava a faxina no túmulo dos parentes. ;Costumo vir com meu marido. Passamos em torno de uma hora por aqui, rezando. Mais tarde devem vir mais parentes;, disse, por volta das 8h, antes de se dirigir à sepultura de um irmão morto há 10 meses, de onde partiria para visitar ;a casa de um compadre e um cunhado;.
Mais visitados
Entre os túmulos mais visitados estava o da menina Ana Lídia, que foi encontrada morta próximo ao Colégio Madre Carmem Salles (604 Norte) em setembro de 1973, quando tinha 7 anos ; há quem acredite que ela realiza milagres. Perto do cruzeiro que fica no centro do cemitério, as homenagens foram para Maria Clara Del;Isola, morta em dezembro de 2004 por empregados em sua casa, no Lago Sul, quando tinha 19 anos. O Movimento Maria Cláudia Pela Paz organizou uma caminhada em direção ao túmulo da moça e de parentes de outras pessoas que se solidarizam com a família de Maria Cláudia.