O diretor geral da Polícia Civil, Kléber Monteiro, disse há pouco, em entrevista coletiva, que "até o momento não elucidamos completamente o crime ocorrido na 113 Sul, mas temos uma forte linha de investigação".
De acordo com o delegado, na última terça-feira a polícia recebeu uma denúncia anônima sobre um grupo de usuários de crack que estaria fazendo uso da droga na Vila São José em Vicente Pires e que teria ligação com os assassinatos dos advogados José Guilherme Villela, sua mulher Maria Villela e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva.
A polícia foi ao local e deteve Rami Jalau Kaloult (idade não informada), que no momento da prisão declarou não ter ligação com as chaves que se encontravam no ambiente. [SAIBAMAIS]Do grupo faziam parte Alex Peterson Sores, 23 anos, suas sobrinhas e outros adolescentes. Alex conseguiu fugir, mas foi capturado. Intrigada com a declaração, a delegada Martha Vargas levou o molho de chaves para a 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) e constatou que uma delas é uma das duas chaves originais de uma das portas do apartamento dos Villela.
Indagado, Alex disse que as chaves pertenciam à serralharia onde trabalha. O dono da empresa, no entanto, disse que as chaves havia sido furtadas. A polícia informou que Rami foi morador da SQS 112.
Filho de um dentista aposentado, ele foi acusado de ter aplicado o golpe "boa noite Cinderela" em uma moradora da quadra 113 Sul. Alex, por sua vez, foi reconhecido por um dos porteiros do bloco C da 113 Sul, como um dos jovens que circulam pela quadra pedindo dinheiro e objetos aos moradores e transeuntes. A Justiça decretou a prisão temporária dos dois por 30 dias. Segundo o delegado Kléber, a polícia ainda não descartou a investigação em torno de dois suspeitos presos, A. e D., mas já constatou que as duplas não têm relação entre si. De acordo com o diretor da Polícia Civil, ainda não há uma prova cabal e "ainda é necessário encontrar um vínculo entre as chaves, os suspeitos e as vítimas".