O bebê de apenas oito meses espancado por um pedreiro na noite do último sábado (7/11) no Conjunto 1 da Fazendinha, em Itapoã, evoluiu satisfatoriamente em seu estado de saúde. Apesar de grave, a situação clínica é estável, segundo o boletim médico divulgado às 8h30 desta quarta-feira (11/11). O bebê está consciente e sem necessidade de ser operado. Ele é amparado pela equipe de neurocirurgia na ala pediátrica do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
Já a irmã do bebê, de dois anos de idade, também espancada, recebeu alta nesta terça-feira, mas a assessoria de imprensa do HBDF não soube precisar a que horas. As crianças deram entrada no hospital em estado grave nesta segunda-feira (09/11), às 0h30, após seram agredidas por um homem bêbado que alegava tentar tirar o demônio do corpo deles.
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De acordo com o delegado-chefe da 6; DP (Paranoá), Miguel Lucena, o pedreiro Claudio Gomes, 43, já tinha passagem pela polícia por agressão. Ele teria cortado uma mulher com uma faca no início do ano. Ele disse ainda que Cláudio tem temperamento agressivo quando bebe. ;Só que ele estava constantemente embriagado. Vai responder por tentativa de homicídio qualificada, por motivo fútil, e pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão;, explicou.
Os pais das crianças foram intimados a depor. Lucena disse ainda que a 6; DP irá elaborar um relatório sobre a situação das duas crianças agredidas e da irmã de 4 anos, que estava no local no momento em que ocorreu a violência. ;Vamos conversar com o Conselho Tutelar para que seja decidido o melhor encaminhamento. Também vamos conversar com os avós. Medidas serão tomadas;, disse.
Guarda
Perguntado sobre a possibilidade de obter a guarda das crianças, o avô disse que fará o que a Justiça determinar. ;Quero que se resolva dentro da legalidade. São eles que vão definir. Acho que não temos como segurar a mãe para que ela não pegue as crianças;, preocupou-se.
Segundo o delegado da 6; DP, o acusado teria um relacionamento com a mãe das crianças. Ele espancou o bebê e em seguida a irmã, após um dia de bebedeira. A mãe dormia em um colchão com os três filhos, quando ele bateu primeiro na de 2 anos, depois no de oito meses. Testemunhas disseram que ele afirmava que eles estavam ;possuídos pelo demônio;. Na DP, Cláudio se recusou a prestar depoimento.
(*) Nome fictício em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolesncente
Com informações de Luiz Calcagno