Cidades

Terceiro acusado de envolvimento no triplo homicídio é levado à 1ª DP

postado em 13/11/2009 09:14
Enquanto a Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal tomava conhecimento ontem da decisão judicial que determina a mudança de investigação do caso Villela para a Coordenação de Investigação dos Crimes Contra a Vida (Corvida), a equipe da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) continua os trabalhos de apuração do triplo homicídio ocorrido em 28 de agosto. A delegada Martha Vargas pediu ao Tribunal do Júri um novo mandado de prisão contra um terceiro suspeito.

Fachada da 1ª DP: o homem prestou esclarecimentos no localUma fonte da polícia revelou ao Correio que a prisão dele praticamente elucidaria o crime da 113 Sul. O homem, cuja a identidade não foi revelada, passou o dia na delegacia prestando esclarecimento. Surgiu uma informação de que ele já estaria preso, mas a polícia negou veementemente.

O diretor do Departamento de Polícia Circunscricional, André Victor do Espírito Santo, comentou o assunto, mesmo respeitando o segredo de Justiça do inquérito que investiga as mortes de José Guilherme Villela, 73 anos, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e de Francisca Nascimento da Silva, 58. ;O que eu afirmo é que o homem foi levado para a delegacia para averiguação, mas não houve prisão. Sinto muito, não posso dizer mais nada.;

O pedido de prisão do terceiro integrante que teria participado do crime ; suspeita-se que esse seja o responsável por revender as joias e os dólares roubados das vítimas ; foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) no início da tarde de ontem. O promotor Maurício Miranda, do Tribunal do Júri, não se manifestou. Uma fonte do próprio Poder Judiciário garantiu à reportagem que a autorização judicial para a prisão não sairia ontem.

Na noite de ontem, o advogado criminalista Raul Livino ; indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil para acompanhar o caso ; esteve na 1; DP, onde conversou com Martha Vargas. ;O Ministério Público recebeu o mandado de prisão e aconselhou o juiz a encaminhar o pedido para análise pela Corvida, para que esta o ratificasse ou retificasse;, afirmou, ao sair do local. Segundo ele, a delegada deve se reunir hoje com o delegado Luiz Julião, titular da Corvida, para submeter novamente o pedido à Justiça.

Joias perdidas
[SAIBAMAIS]Ainda que o terceiro autor do crime da 113 Sul tenha a prisão decretada, a polícia admite que dificilmente os bens dos Villela serão recuperados. Uma fonte disse que as joias, cujos esboços foram divulgados no mês passado, já teriam sido vendidas, assim como os cerca de US$ 700 mil em espécie levados do apartamento 601/602 do Bloco C daquela quadra.

O corregedor-geral da PCDF, Luiz Andriano Guerra Pouso, recebeu ontem a determinação judicial que obriga a polícia a transferir o caso da 1; DP para a Corvida. Andriano, porém, não havia se pronunciado oficialmente ao MPDFT até o fechamento desta edição. O diretor da corporação, Cléber Monteiro, reiterou que o caso será distribuído a três unidades policiais: Corvida, Delegacia de Repressão a Roubos (DRR), além da 1; DP. A decisão de criar essa força-tarefa já tinha sido divulgada ontem.

Em entrevista por telefone, o diretor da Polícia Civil disse que a decisão de dividir o caso com outras unidades já havia sido tomada antes mesmo da decisão de transferir o caso, tomada pelo juiz Fábio Francisco Esteves. ;Eles vão ajudar a delegada Martha Vargas;, informou. Questionado sobre as irregularidades apontadas pelo magistrado na decisão, Cléber foi categórico: ;Se há irregularidades, que eu não acredito, o lugar certo de apurá-las é na Corregedoria;, explicou, referindo-se ao fato de o grupo de trabalho ficará sob a coordenação da Corregedoria.

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