Cidades

Maioria das reclamações recebidas pelo Ibram são reclamações de vizinhos de bares

postado em 14/11/2009 08:21
O Correio Braziliense mostrou, em matéria publicada nesta sexta-feira (13/11), a briga entre moradores do Plano Piloto e donos de bares por causa do barulho excessivo nesses locais. A reportagem teve grande repercussão no site do jornal, o www.correiobraziliense.com.br. Mais de 100 internautas manifestaram opinião sobre a presença dos bares em áreas próximas às residências.

A poluição sonora é um dos principais problemas ambientais enfrentados por quem vive no Distrito Federal. Por mais que a Agência de Fiscalização (Agefis) afirme promover operações frequentemente para checar a validade dos alvarás de funcionamento, falta a atuação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). O órgão é o único capacitado para verificar se o barulho emitido pelos bares está dentro do limite permitido por lei. Mas, de acordo com a assessoria do Ibram, há apenas três fiscais para atuar em todo o DF. Eles vão a locais críticos quando recebem denúncias, mas não são capazes de atender a todos os pedidos.

Cerca de 70% das 832 reclamações registradas esse ano pelo Ibram são relativas a barulho. Não é possível precisar quantas queixas são relacionadas a bares no Plano Piloto, pois o sistema da ouvidoria não faz essa diferenciação. A ausência do levantamento dificulta ainda mais a ação dos fiscais. Não há previsão para aumentar o quadro de funcionários.

Isolamento
Entre os estabelecimentos citados na reportagem está o Miau que Mia, na 108 Sul. Os donos do local se defendem. ;Temos isolamento acústico para som mecânico e chegamos a contratar mais dois seguranças para instruir os clientes, mas não temos como impedir que eles deixem o bar falando alto;, lamenta um dos proprietários, Rafael Damas.

Exemplos de lugares onde há conflito entre comunidade e empresários da noite não faltam.

O professor universitário Rogério Lopes, 33 anos, morador da 312 Norte, também sofre com o tumulto promovido por bares. ;Um bar fica virado para o Bloco E. Ali não há limite de horário ou volume. Em dias de jogos de futebol, especialmente às quartas-feiras, a gritaria chega até as 3h;, relata Rogério. De acordo com o professor, o comércio é pequeno e atrai poucos frequentadores. Ainda assim, causa transtornos a mais de 30 famílias que vivem no Bloco E da 312 Norte.

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