Uma operação desencadeada nesta terça-feira (17/11) pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) autuou um casal por exploração sexual de menores. Donos de uma boate no Setor de Indústrias Gráficas (SIG) também foram chamados a prestar esclarecimentos à polícia por facilitarem o crime.
A polícia chegou até os suspeitos por meio de uma investigação sobre o desaparecimento de uma menor. Ela alega ter saído de casa porque a família não aceitava sua opção sexual. A adolescente foi morar com sua companheira, garota de programa, e passou a se prostituir.
A menina, encontrada em junho deste ano, deu detalhes sobre a exploração sexual facilitada pela casa noturna Parthenon. Davi Aparecido Pereira e Aldete Lopes de Barros foram autuados pelo crime de exploração sexual de menores, cuja pena varia entre cinco e oito anos de prisão.
Punição
Não havia mandado de prisão contra o casal, somente mandado de busca e apreensão nos apartamentos que alugavam para os programas das menores, por cerca de R$130,00 por semana. Além disso, eles cobravam 50% do valor arrecadado nos programas.
De acordo com a delegada chefe da DPCA, Gláucia Cristina da Silva Ésper, o casal recebia uma espécie de comissão pelos programas das garotas, levadas à casa noturna para conhecer clientes.
Segundo Gláucia, há outros casos e a polícia irá realizar diligências. ;Mesmo sabendo que as meninas são menores de idade, ele fazia anúncios em jornais e as explorava;.
Davi optou por só falar sobre o caso em juízo. A mulher e os donos da boate ainda não compareceram à delegacia. A polícia enviará o caso para a administração do SIG para que seja tomada medida administrativa, que pode acarretar até o fechamento da casa noturna.