postado em 22/11/2009 08:34
A Polícia Civil procura por um adolescente de 14 anos que é apontado também como integrante da quadrilha composta por outros seis moradores de Vicente Pires, suspeitos de envolvimento com o triplo homicídio na 113 Sul. O bando é investigado pela delegada Martha Vargas e equipe ; composta agora de outras duas unidades especiais ; desde que a chave do apartamento do casal assassinado José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela apareceu na casa onde residia dois deles: Alex Peterson Soares, 23, e Rami Jalau Kaloult, 28.O menor entrou na lista de suspeitos a partir de um outro crime: o assassinato do cunhado de Cláudio José de Azevedo Brandão, 38. Ele é apontado por Rami e Alex como o ;dono; da chave que abre o apartamento dos Villela. Segundo o delegado-chefe da 38; DP (Vicente Pires), Gerardo Carneiro, o adolescente seria o responsável por atrair Cláudio para a emboscada. Ele teria gritado o nome do homem apontado pela investigação do caso Villela de ter um caso com a empregada Francisca Nascimento da Silva, também assassinada na noite de 28 de agosto. Mas, em vez disso, quem apareceu no portão da chácara na Vila São José foi justamente o cunhado de Cláudio, Wanderson Ramos Gregório, 23. Ele tomou dois tiros à queima-roupa: na perna direita e no tórax. ;Sabemos que o adolescente está no Maranhão;, informou Carneiro.
A polícia investiga a relação do crime em Vicente Pires com as mortes dos Villela e da empregada. Uma das linhas de apuração é de que o menor com outros três homens, que estão presos em Santa Maria da Vitória (BA) ; distante 552km de Brasília, queriam matar Cláudio porque se desentenderam na divisão dos objetos roubados no apartamento dos Villela. Os policiais ouviram de testemunhas a afirmação de que, entre os bens de vítimas deles, havia joias e dinheiro. Cláudio teria ficado com a maior parte.
Transferência
A força-tarefa que investiga o caso Villela deverá pedir autorização do Tribunal do Júri de Brasília para viajar à Bahia a fim de interrogar os três presos, mas o delegado Gerardo Carneiro vai pedir, na segunda-feira, a prisão dos outros dois acusados de participar do assassinato de Wanderson em 20 de setembro. Ele havia pedido ao Tribunal do Júri de Taguatinga somente a prisão temporária e a transferência para Brasília de Élvio Pereira de Oliveira. ;A contradição nos depoimentos não deixa dúvida de que todos participaram deste crime;, afirma Carneiro. ;A Justiça daqui deferindo o pedido e a de lá (Correntina, na Bahia) concordando, vamos buscá-lo imediatamente;, garante.
[SAIBAMAIS]O Correio entrevistou o investigador Célio Souza, da delegacia de Correntina, que prendeu Elvio e os dois comparsas dele ; um deles se chama Tales Rogério Mendes da Silva, 26. Por telefone, o policial informou à reportagem que Tales foi quem atirou em Wanderson. ;Ele confessou para mim;, disse. Célio afirmou ainda que não encontrou muito dinheiro com eles no momento da prisão. ;Havia apenas R$ 80 com Tales;, informou. Segundo o policial, o trio do Distrito Federal estava com um Celta roubado, droga e um revólver calibre .38. A arma seria a mesma usada no homicídio de Wanderson. Policiais da 38; DP recolheram a arma e encaminharam para o Instituto de Criminalística, que fará o exame de balística.
Os três vão responder, de acordo com Célio, por formação de quadrilha, porte ilegal de arma e receptação de carro roubado. Os moradores de Vicente Pires têm parentes em São Manoel, distrito de Correntina (BA). Até o fechamento desta edição, os três presos continuavam detidos no presídio de Santa Maria da Vitória (BA) que fica a 52km de Correntina. A delegada Martha Vargas não compareceu à 1; DP (Asa Sul) ontem.