postado em 23/11/2009 08:45
Mesmo com o surgimento de outros três suspeitos, que estão detidos em Correntina (BA), os investigadores da Polícia Civil ainda acreditam que Rami Jalau Kaloult, 28 anos, Alex Peterson Soares, 23, e Cláudio José de Azevedo Brandão, 38, sejam os principais envolvidos nas mortes de José Guilherme Villela, Maria Carvalho Mendes Villela e de Francisca Nascimento da Silva. ;Pode ter havido uma divisão (de objetos roubados dos Villela), mas o principal (grupo) está preso aqui;, explicou uma fonte da polícia ao Correio.
De lá para cá, a polícia obteve mais indícios da participação do trio nos assassinatos. Uma testemunha afirmou, em depoimento na 1; DP (Asa Sul), que Cláudio trabalhou há um ano e meio no apartamento dos Villela. Ele e outros operários fizeram serviços de reparo no imóvel das vítimas. Os policiais acreditam que ele pode ter se aproximado de Francisca nesta oportunidade.
Por sua vez, o envolvimento do suspeito com a empregada do casal assassinado é outra evidência que a polícia tenta comprovar. Embora a família dela negue que Francisca teve qualquer relacionamento, uma outra empregada dos Villela disse ao Correio que ouviu dela uma vez que iria ver o namorado no centro de Taguatinga. O encontro ocorreu, segundo a mesma testemunha, em um sábado. Além disso, Alex também confirmou à polícia, em depoimento, que sabia do envolvimento dos dois. Foi o que afirmou para o Correio o advogado do próprio Cláudio, Nivaldo Pereira da Silva.
Prisão
A semana promete ser marcada por disputas judiciais. Pelo lado dos acusados, o advogado de Cláudio garantiu que irá ingressar com dois pedidos: vai requerer a anulação da prorrogação da prisão temporária do seu cliente ; que o Tribunal do Júri de Brasília prorrogou por mais 10 dias ; e, caso não consiga, tentará, ao menos, diminuir o tempo de Cláudio na prisão. ;A prisão do meu cliente venceu na terça-feira (17 de novembro). A prorrogação só saiu no dia seguinte. Portanto, meu cliente já estava livre;, explicou. ;E pelo meu entendimento, o juiz só poderia prorrogá-la pelo mesmo tempo em que foi determinado anteriormente, ou seja, por mais cinco dias e não 10 (dias), como ocorreu;.
Mas o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC), André Victor do Espírito Santo, não vê dessa forma. ;A prisão (temporária) venceria mesmo na quarta-feira. Pois ela só começa a valer no dia seguinte;, explicou Victor. Cláudio foi preso em 13 de novembro.