Cidades

Comércio festeja em outubro melhor resultado do ano

Vendas crescem 3,96% em relação ao mesmo período do ano passado e são o melhor resultado deste ano

Mariana Flores
postado em 24/11/2009 07:51
Júlio Nóbriga, gerente da Natan, depois de um 2008 afetado pela crise, diz que os clientes voltaram a consumirUm ano após o susto da crise econômica que chegava ao país, o comércio do Distrito Federal comemora pelo terceiro mês consecutivo elevações nas vendas em relação ao mesmo período de 2008. O varejo brasiliense vendeu em outubro 3,96% mais que no mesmo mês do ano passado. É o melhor desempenho desde janeiro (veja quadro). Apesar de uma queda no volume de negócios se comparado a setembro ;1,45% menor ;, o setor está otimista. Uma confirmação é que estão aumentando as contratações. O quadro de funcionários registrado em outubro é 1,92% superior ao de outubro de 2008 e 2,38% maior do que o do mês anterior. Os números constam na pesquisa conjuntural da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF). ;A expectativa é de que 7 mil pessoas serão contratadas temporariamente até dezembro. Esperamos um aumento de vendas entre 4% e 6% em relação a 2008;, afirma o presidente da federação, senador Adelmir Santana.

O medo do desemprego, a redução do crédito e a valorização do dólar, decorrentes da crise global, atrapalharam o desempenho da filial brasiliense loja da Natan no Natal de 2008. Passado o susto, os brasilienses voltaram a consumir. Neste ano, a joalheria espera vender 25% mais, mesmo com os preços que podem chegar a R$ 600 mil ; valor cobrado por um colar de diamantes. ;Estamos com uma maior variedade de produtos, com marcas novas e os clientes voltaram a consumir;, afirma o gerente da loja, Júlio Nóbriga.

A expectativa é de que os consumidores retomem o padrão de consumo, independentemente da faixa de renda, segundo o economista George Cunha, do Departamento de Economia da Universidade Católica de Brasília (UCB). O retorno da oferta de crédito e do prolongamento dos prazos devem ser os principais incentivos. ;Este ano as pessoas não estão com o mesmo medo de ficar desempregadas como estavam no fim do ano passado, e, com isso, podem se endividar e fazer prestações. Este deve ser o ano de trocar as televisões;, aposta.

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