Cidades

CRIME 113 SUL: Sem solução após 90 dias

A polícia aposta todas as fichas nas provas testemunhais para manter um dos suspeitos atrás das grades. Até agora, ninguém foi indiciado

postado em 27/11/2009 07:05
A delegada Martha Vargas se reuniu mais uma vez com os representantes das outras unidades policiais que integram a força-tarefa composta para ajudar a 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) a investigar o triplo homicídio na 113 Sul, que completa três meses amanhã.

Foi a segunda reunião desta semana ; a primeira ocorreu na quarta-feira; e ambas na Corregedoria-geral da Polícia Civil, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Depois de analisar minuciosamente o inquérito policial, os delegados e os agentes fizeram uma série de recomendações.

A força-tarefa composta por policiais da Coordenação de Investigação dos Crimes Contra a Vida (Corvida), da Divisão de Repressão a Roubos (DRR) e da própria 1;DP (Asa Sul) deve submeter a novo reconhecimento um dos suspeitos de participar dos assassinatos de José Guilherme Villela, Maria Carvalho Mendes Villela e de Francisca Nascimento da Silva, ocorridos no apartamento unificado 601/602 do Bloco C da SQS 113.

Os três levaram 73 facadas. Desta vez, o suspeito Cláudio José de Azevedo Brandão, 38, ficará na presença de dois porteiros do prédio onde as vítimas moravam e de uma funcionária de outro edifício situado na quadra. A prova testemunhal é de fundamental importância para a polícia mantê-lo atrás das grades pelo crime cometido em 28 de agosto.

A prisão temporária do acusado vence hoje e não pode mais ser renovada já que o Tribunal do Júri de Brasília, que havia concedido cinco dias de detenção, prorrogou em mais 10 a permanência do acusado no cárcere do Departamento de Polícia Especializada (DPE). No entanto, Cláudio continuará preso por força de outro mandado de prisão preventiva decretado pela Terceira Vara Criminal de Taguatinga, onde Cláudio responde pelo crime de roubo de uma motocicleta cometido em janeiro deste ano.

Vigília
O advogado Nivaldo Pereira da Silva, que defende o acusado, promete fazer vigília no balcão de distribuição de processos do Tribunal do Júri de Brasília hoje. O defensor de Cláudio espera que não haja pedido de prisão preventiva para seu cliente ; isso caso os investigadores não consigam uma nova prova contra ele que convença a Justiça a autorizá-la. ;Se não sair a prisão preventiva dele, vou correr para o Tribunal do Júri de Taguatinga e pedir a revogação do outro mandado. Em questão de horas, ele estará livre;, acredita Pereira. ;Estive com meu cliente hoje (ontem) e, até as 17h, não havia ocorrido o tal reconhecimento;, garante o defensor.

O promotor do Tribunal do Júri de Brasília, Maurício Miranda, informou ao Correio que ainda não havia sido encaminhado nenhum pedido de prisão preventiva contra Cláudio até ontem. Ele confirmou que a detenção temporária do acusado expira nesta sexta-feira. Mas Miranda não acredita que será fácil para Cláudio conseguir a liberdade. O homem foi condenado por homicídio e cumpriu pena de 12 anos. Ele saiu da prisão em 2005. ;Por esse fator, não acredito que o juiz de Taguatinga aceite o pedido (de revogação da prisão de Cláudio);, analisa.

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