O governador José Roberto Arruda exonerou na tarde desta sexta-feira (27/11) o secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa, após ser revelado o envolvimento dele na Operação Caixa de Pandora, deflagrada nesta sexta-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O chefe da Casa Civil do GDF, José Geraldo Maciel, o secretário de Educação, José Luiz Valente, o chefe de gabinete da Governadoria, Fábio Simão, e o assessor de imprensa, Omézio Pontes, foram afastados pelo governador. Desde a tarde, Arruda está reunido, na residência oficial de Águas Claras, com o secretariado.
A Polícia Federal investiga a suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do GDF. As investigações tiveram o apoio do agora ex-secretário Durval Barbosa, que aceitou colaborar em troca de uma punição mais branda em outros casos de corrupção.
As buscas e apreensões feitas pela Operação Pandora na manhã desta sexta-feira, foram realizadas em 24 locais indicados, sendo 21 no Distrito Federal, um em Goiânia e dois em Belo Horizonte. Na ação, os policiais federais apreenderam R$ 700 mil, US$ 30 mil e 5 mil euros em dinheiro. As cédulas foram recolhidos em diferentes locais onde os agentes fizeram busca e apreensão. Foram apreendidos, ainda, computadores, mídias e documentos.
Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, "foram verificados, nas investigações, indícios de pagamento de recursos a altos servidores do GDF, por empresas que mantinham contrato com o Governo Distrital". [SAIBAMAIS]Participaram da ação, autorizada pelo STJ, 150 policiais e representantes do Ministério Público. Além do dinheiro, a PF apreendeu documentos e computadores. O material apreendido será analisado e posteriormente encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça.
Denúncia
De acordo com o STJ, R$ 400 mil teriam sido entregues pelo governador José Roberto Arruda para Barbosa, em 21 de outubro de 2008, a fim de que fossem repassados ao chefe da Casa Civil do GDF, José Geraldo Maciel. Ainda de acordo com o despacho, o dinheiro "seria dissipado em diversos pagamentos menores a pessoas ainda não identificadas". Outros R$ 200 mil teriam o mesmo destino.