postado em 29/11/2009 17:59
O Democratas, partido do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), deve expulsá-lo, caso ele não dê explicações convincentes em reunião com a cúpula do partido, marcada para amanhã, às 14h. Arruda é acusado de comandar um esquema de pagamento de propina, que envolveria secretários de governo, deputados distritais e empresários. A situação do governador, que já vinha sendo alvo de investigação da Polícia Federal, ficou ainda mais complicada após a divulgação de um vídeo, onde ele apararece recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa.
[SAIBAMAIS]Arruda ligou para os colegas da legenda nesse domingo (29/11), segundo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), para explicar que as imagens são de 2006, gravadas durante a campanha eleitoral. A quantia seria uma doação, registrada e assinada por Durval, e aprovada pela Justiça Eleitoral.
"Ele tem que apresentar provas, só a versão não resolve", disse o senador. Quanto a possibilidade de expulsão do governador na reunião da segunda (30/11), Demóstenes é claro: "a movimentação é para ouvi-lo. Não vamos lá nem para absolvê-lo, nem para condená-lo. Mas se ele não conseguir se explicar, seremos obrigados a tomar a medida extrema".
A possível reunião também foi divulgada pelo líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), no Twitter. "O Democratas não vai se portar como o PT. Se houve erro, haverá punição de acordo com o que uma democracia prevê... Não vamos empurrar nada para baixo do tapete".
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e o líder da legenda no Senado, José Agripino, divulgaram uma nota informando que aguarda as explicações de Arruda. Todos eles classificam as denúncias como graves.