postado em 30/11/2009 15:10
O Democratas (DEM) tentará restringir a crise de corrupção contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, a um problema do diretório regional. A cúpula do partido delegou ao presidente nacional da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ), a função para administrar a questão com o Democratas de Brasília. Às 14 horas, ele se reúne com o governador, na residência oficial de Águas Claras, para ouvir as explicações de Arruda sobre o caso.
Um dos vice-presidentes do DEM, o deputado José Carlos Aleluia (BA) afirmou que o partido agirá %u201Ccom a brevidade%u201D necessária e, sua tomada de decisão, %u201Cnão será corporativista%u201D. O problema nas denúncias de corrupção investigadas pela Polícia Federal, na Operação Caixa de Pandora, é que, além do governador, outros filiados e membros do governo estariam envolvidos.
Estamos ouvindo a sociedade e as pessoas envolvidas. Esta crise não pode ser do partido mas, sim, no partido e, por isso, vamos tratá-la como um problema do diretório regional. Não há uma metástase (contaminação generalizada) mas um problema localizado que, como tal, deve ser tratado%u201D, disse Aleluia à Agência Brasil.
Sobre a decisão tomada hoje (30) pelo PSB de determinar o afastamento de seus filiados de cargos no GDF e abandonar o apoio ao governo de José Roberto Arruda, o vice-presidente do Democratas disse que não se pode culpar os socialistas pela atitude. O PSDB, segundo o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra (PE), adotará a mesma postura.
Aleluia ressaltou que, ao tomar essa decisão, o PSB protege a imagem do partido. Ele acrescentou que, da mesma forma, o Democratas saberá proteger sua imagem. O PDT e o PPS, partidos que compõem a base aliada do governador também anunciarão, ainda hoje, que rumo vão tomar sobre a questão.