Cidades

Estudantes da UnB formados pelo Ilal e Epec terão que dar explicações

postado em 01/12/2009 15:56
A Secretaria de Administração Acadêmica (SAA) da UnB enviou aviso de convocação aos alunos que entraram na universidade no 2; vestibular de 2009 e apresentaram certificados de conclusão do ensino médio do Instituto Latino-Americano de Línguas (Ilal) e da Empresa de Pesquisa, Ensino e Cultura (Epec). Os universitários terão 10 dias úteis, contados a partir de 30 de novembro, para apresentar recurso à SAA, com explicações sobre o caso.

Segundo a decana de de Ensino de Graduação, Márcia Abrahão a universidade pretende com o aviso que os alunos complementem a documentação exigida pelo vestibular e pelo PAS. Caso os alunos não apresentem os documentos exigidos pela universidade até o final do prazo, os alunos poderão ter a matrícula cancelada.


Entenda o problema
O Ilal mantém quatro unidades de ensino na capital. Ficam na Asa Sul, Asa Norte, Águas Claras e Taguatinga. Como diz o próprio nome, deveria funcionar como centro de línguas. Nesse caso, o ensino é considerado livre e sem necessidade de credenciamento por parte do Ministério da Educação (MEC) ou das secretarias estaduais ou municipais de educação. Mas a Coordenação de Supervisão Institucional e Normas de Ensino (Cosine) da Secretaria de Educação do DF descobriu que a empresa oferece serviços de supletivo sem autorização e ainda gradua os estudantes no ensino médio.

A Cosine apurou que a fraude conta com instituições de outros estados. As declarações emitidas pelo Ilal são vendidas como comprovantes de conclusão de ensino médio ; parte delas atesta a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), em educação a distância. E aparecem acompanhadas de históricos escolares atestados pela Empresa de Pesquisa, Ensino e Cultura (Epec), com sede em Jacaparepaguá, no Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria de Educação, nenhuma instituição de ensino de fora do Distrito Federal tem competência para emitir diplomas na capital. Além da prática ilegal, a Epec teve as atividades encerradas por decreto pelo governo do Rio de Janeiro em setembro deste ano.

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