Cidades

Pais começam a pesquisar a lista de material escolar de 2010

A busca é por preços menores e tranquilidade

postado em 03/12/2009 08:00
Em busca de preço baixo e menos tumulto, muitos pais decidiram antecipar a compra do material escolar dos filhos. Papelarias e livrarias estão prontas para receber os clientes mais cedo. Contrataram mais vendedores e reforçaram os estoques com as novidades do mercado. Os comerciantes comemoram a antecipação. Segundo eles, o índice de inadimplência costuma aumentar em janeiro, período de maior movimentação nas lojas. Os que não conseguem se planejar acabam gastando nas viagens de férias o dinheiro reservado para as despesas do início do ano. Carolina Carneiro pesquisou e concluiu que, em Ceilândia, as listas das duas filhas ficam mais em contaHá duas semanas, os pais começaram a ir às compras com a lista das escolas em mãos. Quem optar por encher as sacolas antes do Natal pode encontrar vantagens. Além de se deparar com um ambiente mais tranquilo nas lojas, o cliente tem a chance de comprar produtos do estoque antigo com valores mais baixos, também, consegue melhores formas de pagamento. Sem contar que, antes de janeiro, dificilmente algum produto esgota. Quando se deixa para última hora, aumentam as chances de não achar o caderno ou a mochila da marca ou da cor que o filho quer. A pesquisa de preços realizada todos os anos pelo Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) será divulgada em janeiro. No fim do ano passado, o Procon pesquisou 127 itens em oito papelarias diferentes. O valor médio da lista encontrado após o levantamento foi de R$ 863,73. A diferença entre a combinação mais cara e a mais barata ficou em R$ 312,84 - o preço da economia para o consumidor que pesquisasse antes de comprar. A variação de preços entre as lojas pode ser gritante. Em 2007, segundo a pesquisa do Procon, uma borracha da mesma marca e do mesmo tamanho custava R$ 0,09 em uma papelaria e R$ 1,15 em outra. Pesquisa Comerciantes informaram que poucos itens registraram aumento no último ano. Lápis e cadernos, por exemplo, não tiveram alteração. No entanto, o mercado espera, para janeiro, aumento no valor dos livros. Algumas marcas de mochila estão até 7% mais caras, principalmente as que trazem personagens de desenhos animados na estampa. A do Ben 10, o herói teen do momento, chega a custar R$ 200. De acordo com funcionários de papelarias, a lista completa do material pedido pelas escolas costuma não sair por menos que R$ 800. Os livros didáticos equivalem a cerca de 60% do preço total. A designer gráfica Carolina Carneiro, 34 anos, passou a tarde da última terça-feira pesquisando preço. Encontrou papelarias vazias, não enfrentou filas e pôde contar com a ajuda de vendedores. Em uma loja de Ceilândia, o orçamento do material para as duas filhas, de 5 e 7 anos, ficou em R$ 1,1 mil. Em outra do Plano Piloto, R$ 400 mais caro. "Resolvi não deixar para última hora para economizar", comentou ela, que estava desacompanhada das filhas. "Elas vão ajudar a escolher apenas os cadernos. Mas já dei uma olhada nos preços para dizer: "Esse pode, esse não pode". Carolina está determinada também a não comprar novos lápis de cor este ano. Entre as orientações dadas pelo Procon aos pais, a principal é ter uma visão crítica em relação à lista da escola. O estabelecimento de ensino não pode exigir produtos de uso comum(1), muito menos definir a marca que deve ser comprada. "Aliás, só é preciso comprar aquilo que de fato for ser utilizado. As listas costumam trazer coisas desnecessárias", alertou o presidente do Procon-DF, Ricardo Pires. Ele sugeriu ainda que os pais se unam para comprar o material. "Algumas papelarias fazem preços diferenciados quando o volume de compra é maior", justificou. Comerciantes reforçam que, antes do Natal, os clientes poderão encontrar mais facilidades. "Em janeiro, por mais que a gente se planeje, muitos produtos do estoque acabam por conta da demanda", afirmou o gerente da ABC Papelaria, Altair Rover, que contratou 50 funcionários para a volta às aulas. Ele espera, no início do ano que vem, atender a cerca de 4 mil clientes por dia. Por enquanto, a média diária, é de 1,3 mil pessoas. "Quem vier antes terá mais material à disposição e enfrentará menos tumulto", completou a gerente da Casa do Colegial da Asa Sul, Carla de Freitas. 1 - Excessos Produtos como papel ofício e copos descartáveis ou qualquer outro material de limpeza, higiene pessoal ou material de expediente devem ser ignorados das listas. Itens de uso comum são de responsabilidade da instituição de ensino e o valor deles deve estar contido na mensalidade escolar. Dicas para ir às compras # Os preços podem variar muito de um estabelecimento para outro. Pesquise e negocie descontos. Na hora de optar por compras a prazo, leve em conta as taxas de juros. # Procure ir às compras com outros pais. Há lojas que dão descontos especiais para compras em grande quantidade. # Antes de ir às lojas, verifique o que é possível reaproveitar do ano anterior. Busque aproveitar materiais usados que estejam em boas condições. # Troque livros didáticos com colegas ou parentes de outras séries. # A escola não pode pedir a compra de materiais de uso coletivo (produtos de higiene e limpeza), exigir produtos de marca específica ou determinar a loja onde o material deve ser comprado. # Nem sempre o material mais caro e sofisticado é o melhor. Procure comprar somente o necessário. # Fique de olho nas embalagens de materiais como colas, tintas, pincéis atômicos, fitas adesivas, entre outros, que devem conter informações claras a respeito do fabricante, composição, condições de armazenagem, prazo de validade e se apresentam algum risco ao consumidor. Fonte: Procon do Distrito Federal e de São Paulo

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