De acordo com o presidente interino da Casa, Cabo Patrício (PT), os deputados - a maioria da base governista ; alegaram que não se sentem seguros para voltar à Câmara em razão dos protestos. Os cinco deputado que compareceram à sessão desta tarde são da bancada de oposição a Arruda - acusado de comandar um suposto esquema de pagamento regular de propina para parlamentares da Câmara Legislativa, em troca de apoio político.
Os oito deputados distritais apontados como envolvidos no suposto esquema de pagamento de propina fazem ou fizeram parte da base aliada ao governo. Entre eles, Eurides Brito (PDMB), líder do governo, Rogério Ulysses (PSB) - que saiu da base governista por decisão do PSB esta semana -, Leonardo Prudente (DEM), presidente afastado da Casa, e Pedro do Ovo (PRP).
Reguffe, que é da oposição, condenou a atitude de seus colegas. ;Essa desculpa [de falta de segurança] é inaceitável. A obrigação de um parlamentar é estar no plenário. Não ter quorum hoje, neste momento, é gravíssimo, é uma vergonha;, afirmou.
Com as faltas, a escolha de um novo corregedor para a Casa ficou para terça-feira (8). O atual, Junior Brunelli (PSC), também é acusado de envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina e pediu afastamento do cargo. De acordo com assessores, Brunelli está de licença médica até 15 de dezembro por causa de uma crise de hipertensão. Ele aparece em um vídeo recebendo dinheiro do autor das denúncias, o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa.
Com a ausência da maioria dos deputados, os manifestantes voltaram ao local. Eles tinham acertado com os distritais deixar o local para que a sessão fosse realizada. Agora, prometem ficar no plenário durante o final de semana e dizem que só vão se retirar se o governador renunciar.